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Elon Musk, o homem mais rico do mundo (título que recuperou em junho), usou sua rede social X, antigo Twitter, para se explicar nesta quinta (7) a respeito de uma informação contida em uma nova biografia a respeito dele próprio.
O livro, de autoria do historiador Walter Isaacson, disse que Musk desativou as comunicações de satélite de sua empresa Starlink, que oferece serviço de Internet, para a área costeira da Ucrânia com objetivo de sabotar um ataque de drones submarinos do país invadido contra a frota ancorada da invasora Rússia na cidade portuária de Sevastopol, na Crimeia. Desde 2022, a Starlink tem ajudado os ucranianos com conexão recebida por pequenas antenas parabólicas.
A versão do empresário é que o sinal nunca foi ativado para as regiões em questão, por isso “a SpaceX”, sua outra empresa de exploração espacial que colocou os milhares de satélites da Starlink em órbita, “não desativou coisa nenhuma”.
“Houve um pedido de emergência das autoridades do governo [da Ucrânia] para ativar a Starlink em toda a área até Sevastopol”, detalhou Elon Musk. “A intenção óbvia era afundar a maioria da frota russa ancorada. Se eu tivesse concordado com o pedido, então a SpaceX seria explicitamente cúmplice de um grande ato de guerra e escalada de conflito”. A data exata dos eventos não foi informada.
A Crimeia foi anexada pela Rússia em 2014, um prenúncio da invasão de 2022. Sua Frota do Mar Negro usa Sevastopol como base, de onde bloqueia portos ucranianos e lança mísseis de cruzeiro, às vezes com alvos civis.
A biografia escrita por Isaacson, de título “Elon Musk”, será publicada pela editora Simon & Schuster na próxima terça (12). A obra diz que o bilionário tomou a decisão por medo de que a Rússia retaliasse com armas nucleares e compara o evento evitado a um “mini-Pearl Harbor”.
Um oficial do Pentágono, respondendo à agência Reuters, se recusou a comentar a decisão de Musk, mas comentou que a defesa americana “continua a trabalhar de perto com a indústria comercial para assegurar que tenhamos as capacidades certas que os ucranianos precisam para se defenderem”.