Uma série de explosões sacudiu Bagdá na manhã desta terça-feira, provocando a morte de pelo menos 127 pessoas e ferindo quase 450, informaram autoridades locais.
De acordo com policiais e emissoras locais de rádio, diversos carros-bomba explodiram em diferentes pontos da capital num intervalo de poucos minutos. A polícia informou que ocorreram pelo menos cinco ataques. O porta-voz militar do Iraque culpou uma aliança entre terroristas da Al-Qaeda e ex-partidários do falecido ditador Saddam Hussein, do proscrito Partido Baath, pela carnificina. Em agosto e outubro, atentados contra prédios do governo deixaram mais de cem mortos.
Pelo menos 112 pessoas morreram em três explosões que aconteceram no mesmo momento, no prédio do Ministério do Trabalho, em um tribunal perto da fortificada Zona Verde de Bagdá e perto do prédio do novo Ministério das Finanças (o antigo foi destruído em outro ataque em agosto). Um hora depois, ocorreu a quarta explosão no bairro sunita de Dora, que deixou 3 policiais e 12 civis mortos. No leste de Bagdá, a quinta explosão aconteceu perto da Faculdade de Tecnologia, matando um civil que passava pelo local e ferindo outros quatro.
"As mesmas mãos que fizeram os atentados de agosto e outubro conduziram os atentados de hoje contra civis inocentes", disse o major general Qassim al-Moussawi.
Militares norte-americanos enviaram tropas com legistas e equipamentos forenses para ajudar os iraquianos na identificação dos corpos das pessoas mortas.
A violência teve uma drástica queda no Iraque no ano passado, embora os insurgentes tenham aumentado os ataques nos últimos meses, escolhendo como alvo principalmente edifícios do governo.
Moradores afirmaram ter ouvido pelo menos três detonações por volta das 10h45 locais. Uma fonte no Ministério de Interior do Iraque disse à AFP que 127 pessoas morreram e 448 ficaram feridas em cinco explosões de carros-bomba nesta terça-feira.
Há informações conflitantes sobre os locais atacados e ainda não foi possível mensurar com exatidão a extensão dos danos, mas a intensidade e a proximidade das explosões apontam para uma ação coordenada.
Existe a possibilidade de os números de mortos e feridos aumentarem ainda mais depois que os serviços de resgate tiverem uma perspectiva mais completa dos atentados desta terça-feira.
Até o momento nenhum grupo ou indivíduo reivindicou a autoria dos ataques.
A série de explosões ocorre na esteira de ataques de vulto perpetrados na capital iraquiana ao longo dos últimos meses. Em agosto, dois ministérios foram atacados em uma ação coordenada. No fim de outubro, insurgentes agiram perto da prefeitura. Ambos os atentados deixaram mais de cem mortos.
Funcionários iraquianos e americanos especulam que os insurgentes estejam tentando provocar instabilidade no Iraque nos meses que antecedem as eleições gerais no país.
Eleições adiadas
Nesta terça-feira, a assessoria de imprensa do presidente Jalal Talabani informou que as eleições parlamentares no Iraque serão realizadas em 6 de março de 2010. O anúncio desfaz meses de impasse em torno da votação, que agora está marcada para quase dois meses depois do originalmente previsto.
A Constituição iraquiana exigia a realização de eleições gerais até o fim de janeiro, mas desentendimentos entre as principais facções políticas representadas no Parlamento para a aprovação de uma nova lei eleitoral forçaram o adiamento do pleito.
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