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Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e de São Paulo, José Serra (PSDB), colocaram recursos estaduais à disposição do governo brasileiro nesta quarta-feira (13) para ajudar no resgate de vítimas do terremoto no Haiti, que aconteceu na terça-feira (12).

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Cabral disse que o governo estadual está pronto para ceder hospitais de campanha – como os que já foram usados na Baixada Fluminense - e bombeiros ao Haiti. De acordo com o governador, cada um deles pode realizar até 100 cirurgias por dia. Além da estrutura, Cabral ofereceu cães farejadores e bombeiros para atuar nos escombros.

Já o governador José Serra disse que conversou com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, enquanto este já estava no avião para o Haiti. Serra também colocou ofereceu bombeiros e geólogos ao país atingido pelo terremoto. As demandas estão sendo concentradas pelo chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Jorge Félix.

Zilda Arns

Os governadores também lamentaram a morte da médica Zilda Arns, que estava no Haiti na hora do terremoto. Serra classificou o falecimento como "perda grande" para o país. Cabral definiu Zilda como "uma santa." "A prova disso é a natureza da morte dela", afirmou, se referindo ao fato da presidente da Pastoral da Criança estar dentro de uma igreja em Porto Príncipe.

Mortos

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O premiê do Haiti, Jean-Max Bellerive, disse nesta quarta-feira (13) à rede CNN que teme que o número de mortos pelo terremoto que atingiu o país na tarde de terça supere 100 mil pessoas. O número equivale a mais de 1% da população do país da América Central.

O Comando do Exército confirmou a morte de 11 militares brasileiros no Haiti, vítimas do tremor de magnitude 7. O Brasil comanda uma missão de paz da Organização das Nações Unidas no país. Outra morte confirmada é a da fundadora da Pastoral da Criança, a médica Zilda Arns.

O abalo devastou a capital, Porto Príncipe, e afetou a estrutura de telecomunicações no país. As informações sobre vítimas e danos ainda são desencontradas.

Bellerive disse que, apesar de a capital ter ficado devastada, com milhares de prédios destruídos, a população está se comportando "com calma".

"As pessoas estão se ajudando umas às outras, tentando se organizar", disse. Ele insistiu em que o país precisa de ajuda internacional para ajudar as vítimas e resgatar os cadáveres.

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Ele disse que é necessário recuperar o aeroporto da capital, que precisa voltar a funcionar para receber cargas de ajuda humanitária e pessoal especializado.