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Sérvia e Kosovo chegaram nesta sexta-feira (24) a um acordo sobre duas questões importantes que vão aumentar significativamente das chances de a Sérvia de se tornar um candidato oficial a se associar à União Europeia (UE). O acordo permite que Kosovo, antiga província sérvia, se auto represente em conferências internacionais e define os detalhes técnicos sobre como Sérvia e Kosovo irão gerir suas fronteiras comuns e passagens fronteiriças.

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, e comissário para ampliação e vizinhança do bloco, Stefan Füle, saudaram o acordo como "um grande passo adiante".

A UE queria que Belgrado fizesse progressos nas conversações com Kosovo antes de apoiar seu pedido de adesão ao bloco. Ministros de Relações Exteriores da UE vão se reunir na próxima semana para avaliar se a Sérvia cumpriu as condições exigidas para se uma candidata a associar-se ao bloco.

Kosovo, que declarou independência em 2008, era uma província da Sérvia. Belgrado prometeu nunca reconhecer a cisão, mas os dois lados têm realizados conversações regulares no último ano e normalizaram suas relações.

Um dos pontos mais controversos tem sido a insistência do Kosovo de ser representado em fóruns internacionais como um Estado independente, medida à qual a Sérvia se opõe.

O compromisso proposto pela UE e aceito pelos dois lados define que o nome de Kosovo em reuniões internacionais terá um asterisco e terá uma nota de rodapé com uma referência à resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que não faz menção à independência do Kosovo, e uma decisão da Corte Internacional de Justiça dizendo que a declaração de independência do Kosovo é legal.

O primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaci, disse estar ciente de que a medida não é popular entre a maioria étnica albanesa do Kosovo, que teme que o acordo dilua a cisão com a Sérvia, mas afirmou que se trata de uma "fórmula temporária"

Em Belgrado, o presidente sérvio Boris Tadic saudou o acordo dizendo que ele mostra que a "Sérvia é um fator de estabilidade no sudeste da Europa". "Nós nunca quisemos boicotar ou impedir a participação de Pristina em fóruns internacionais", disse ele em comunicado.

A UE disse que não é necessário que a Sérvia reconheça Kosovo, mas tem de haver um alívio nas tensões com o governo da antiga província antes de Belgrado receber o status de candidato a membro do bloco. As informações são da Associated Press.

fonte: Agência Estado

24/02/2012 18:56 - FN/IN/SÉRVIA/KOSOVO/DIPLOMACIA

Sérvia e Kosovo fecham acordo sobre temas importantes

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A Sérvia e Kosovo chegaram nesta sexta-feira a um acordo sobre duas questões importantes que vão aumentar significativamente das chances da Sérvia de se tornar um candidato oficial a se associar à União Europeia (UE). O acordo permite que Kosovo, antiga província sérvia, se auto represente em conferências internacionais e define os detalhes técnicos sobre como Sérvia e Kosovo irão gerir suas fronteiras comuns e passagens fronteiriças.

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, e comissário para ampliação e vizinhança do bloco, Stefan Füle, saudaram o acordo como "um grande passo adiante".

A UE queria que Belgrado fizesse progressos nas conversações com Kosovo antes de apoiar seu pedido de adesão ao bloco. Ministros de Relações Exteriores da UE vão se reunir na próxima semana para avaliar se a Sérvia cumpriu as condições exigidas para se uma candidata a associar-se ao bloco.

Kosovo, que declarou independência em 2008, era uma província da Sérvia. Belgrado prometeu nunca reconhecer a cisão, mas os dois lados têm realizados conversações regulares no último ano e normalizaram suas relações.

Um dos pontos mais controversos tem sido a insistência do Kosovo de ser representado em fóruns internacionais como um Estado independente, medida à qual a Sérvia se opõe.

O compromisso proposto pela UE e aceito pelos dois lados define que o nome de Kosovo em reuniões internacionais terá um asterisco e terá uma nota de rodapé com uma referência à resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que não faz menção à independência do Kosovo, e uma decisão da Corte Internacional de Justiça dizendo que a declaração de independência do Kosovo é legal.

O primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaci, disse estar ciente de que a medida não é popular entre a maioria étnica albanesa do Kosovo, que teme que o acordo dilua a cisão com a Sérvia, mas afirmou que se trata de uma "fórmula temporária"

Em Belgrado, o presidente sérvio Boris Tadic saudou o acordo dizendo que ele mostra que a "Sérvia é um fator de estabilidade no sudeste da Europa". "Nós nunca quisemos boicotar ou impedir a participação de Pristina em fóruns internacionais", disse ele em comunicado.

A UE disse que não é necessário que a Sérvia reconheça Kosovo, mas tem de haver um alívio nas tensões com o governo da antiga província antes de Belgrado receber o status de candidato a membro do bloco. As informações são da Associated Press.

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