Os primeiros-ministros da Sérvia e de Kosovo chegaram nesta sexta-feira (19) a um acordo preliminar por meio do qual pretendem normalizar as relações bilaterais entre as duas nações balcânicas. A negociadora da União Europeia (UE), Catherine Ashton, declarou nesta sexta-feira (19) que o acordo preliminar encerra meses de tensas negociações e mostra a determinação tanto do primeiro-ministro sérvio, Ivica Dacic, quanto do chefe de governo kosovar, Hashim Thaci, para pôr fim a anos de inimizade.
"O que estamos observando é um passo de ambos para longe do passado e para mais perto da Europa", declarou Ashton, que é a chefe de política externa da UE. Uma das precondições para que os países ingressem na UE é a normalização das relações com seus vizinhos.
Entre os temas mais difíceis que Sérvia e Kosovo terão pela frente agora está a situação do norte kosovar, cuja maioria da população é de sérvios étnicos que não reconhecem a autoridade de Pristina. As informações são da Associated Press.
O acordo foi assinado pelos primeiros-ministros da Sérvia, Ivica Dacic, e do Kosovo, Hashim Thaci, para solucionar o conflito. "O que estamos vendo é um passo para fora do passado. E, para ambos, é um passo em direção à Europa", disse a chefe de Política Externa da União Europeia.
Os termos do acordo ainda não foram totalmente divulgados, mas, segundo a agência de notícias AP, o documento parece reconhecer a autoridade do Kosovo sobre o norte do país, habitado predominantemente por população de etnia sérvia.
No entanto, Dacic, da Sérvia, não descarta a possibilidade de os termos da negociação não serem cumpridos. Segundo ele, ainda não havia certeza, entre os membros do alto escalão do governo de seu país, de que o documento seria aceito ou rejeitado. A decisão, para Dacic, deve vir "nos próximos dias".
O Kosovo, uma ex-província da Sérvia, declarou independência do país em 2008. Nos últimos anos, o governo sérvio vinha dizendo que não reconheceria a soberania do território.
Desde então, o Kosovo já foi reconhecido por mais de 90 países, incluindo os Estados Unidos e 22 dos 27 países-membros da União Europeia, mas, por causa do bloqueio da China e da Rússia, aliados da Sérvia no Conselho de Segurança das Nações Unudas, a região autodeclarada independente ainda não é um membro pleno das Nações Unidas.