O presidente da Sérvia, Boris Tadic, disse neste domingo que o país não aceitará a secessão de Kosovo para se tornar um membro da União Européia (UE).
Apesar disso, Tadic deixou claro que o país continuaria a perseguir suspeitos de crimes de guerra como o ex-líder bósnio-sérvio Radovan Karadzic, passo importante para a integração da Sérvia ao bloco europeu.
"A entrada da Sérvia na UE é um interesse nacional supremo e este governo não desistirá deste objetivo", afirmou Tadic a jornalistas. Ele enfatizou, no entanto, que o país não aceitará a independência de Kosovo e que batalhará diplomática e politicamente pelo território.
"A Sérvia nunca desistirá de sua integridade territorial e de sua soberania", acrescentou.
Albaneses de Kosovo declararam independência unilateral da Sérvia em fevereiro. A medida foi reconhecida como legítima por muitos países da UE, embora não pelo bloco.
A Sérvia, amparada pela Rússia, rejeitou a secessão e quer mais negociações a respeito da situação em Kosovo.
Tadic afirmou que a Sérvia tentará obter uma decisão da Corte Internacional de Justiça sobre a legalidade da declaração de independência de Kosovo e do reconhecimento.
A medida poderia irritar a UE, segundo o embaixador da Grã-Bretanha na Sérvia, o que poderia dificultar a integração do país ao bloco.
A UE propôs o envio de uma missão policial a Kosovo, mas qualquer decisão na corte internacional favorável à Sérvia pode enfraquecer o potencial poder do grupo na região.
Tadic disse que a missão européia poderia ser enviada a Kosovo desde que obtivesse autorização do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), o que é praticamente impossível por conta do poder de veto da Rússia.
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