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Atentado

Serviço de contra-espionagem concluiu que terrorista de Londres não oferecia perigo

O serviço de contra-espionagem britânico MI5 considerou em 2004 que Shahzad Tánger, um dos quatro homens-bomba que cometeram os atentados de 7 de julho deste ano no metrô de Londres, não oferecia "ameaça alguma", revela neste sábado o jornal "The Independent". Tánger, de 22 anos, detonou uma bomba na estação de Aldgate, que causou a morte de sete pessoas.

É a segunda vez que a imprensa britânica revela que um dos terroristas de julho já havia sido investigado sem que nada fosse comprovado contra ele. A mídia já denunciara que o chefe do grupo, Mohammed Sidique Khan, de 30 anos, fora investigado em 2004 também pelo MI5, num suposto plano para explodir um caminhão-bomba diante de uma discoteca no bairro popular do Soho. O serviço também não encontrou evidência contra ele e decidiu não continuar a investigá-lo, Khan explodiu em 7 de julho uma bomba no ataque suicida contra a estação de Edgware Road, onde morreram seis pessoas. Tánger foi alvo da mesma investigação no ano passado.

Os dois homens são de origem paquistanesa e teriam sido treinados por três meses, no Paquistão, antes de voltar a Londres, em fevereiro. Os ataques suicidas contra a rede de transportes de Londres em 7 de julho mataram 56 pessoas e feriram 700. O governo britânico já descartou abrir um inquérito público, alegando que o processo poderia levar muito tempo e prejudicar a investigação policial.

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