Funcionários do NHS participam da marcha anual do orgulho gay no centro de Londres, em 2019.| Foto: Big Stock
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O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) planeja restringir o tratamento de jovens menores de 18 anos que se intitulam transgêneros, segundo informou o jornal britânico The Telegraph. A iniciativa prevê, entre outras medidas, a proibição de prescrever hormônios bloqueadores de puberdade a jovens de até 18 anos, apontando que se trata de "uma fase transitória". O objetivo agora, segundo o serviço de saúde, é evitar o "arrependimento" e a “transição de gênero inadequada” .

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Segundo o Telegraph, essas mudanças são necessárias devido ao grande aumento de encaminhamentos para transição de gênero. Entre 2011 e 2022, 250 menores de idade solicitaram esse tipo de tratamento. No ano passado, foram mais de 5 mil.

O serviço de saúde britânico fechou recentemente a clínica especializada em transição de gênero de crianças, a Tavistock, depois que questionamentos foram levantados sobre os tratamentos de Keira Bell, uma adolescente que se arrependeu da transição e fez a detransição para voltar ao gênero de nascimento.

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“Depois de uma série de conversas superficiais com assistentes sociais, eu comecei a tomar bloqueadores de puberdade aos 16 anos. Um ano depois, eu estava recebendo injeções de testosterona. Aos 20 anos, fiz uma dupla mastectomia (retirada de seios)”, escreveu Bell em um post em seu blog pessoal.

“Mas quanto mais minha transição avançava, mais eu percebia que não era homem, e nunca seria. À medida que amadureci, reconheci que a disforia de gênero era um sintoma de minha infelicidade geral, não a causa dela. As consequências do que aconteceram comigo foram profundas: possível infertilidade, perda dos meus seios e incapacidade de amamentar, genitais atrofiados, uma voz permanentemente alterada e pelos faciais. Quando fui atendida na clínica Tavistock, tinha tantos problemas que era reconfortante pensar que realmente tinha apenas um que precisava ser resolvido”, relatou Bell, que entrou com um processo contra a clínica.

Jay Richards, diretor do Centro pela Vida, Religião e Família do The Heritage Foundation compara o cenário britânico ao americano, em entrevista ao The Daily Signal. “As cirurgias de transição de gênero para menores nos EUA aumentaram quase cinco vezes apenas de 2016 a 2019”, observou Richards.

“O Reino Unido e outros países do norte da Europa começaram por esse caminho antes de nós, e agora estão repensando isso. Na verdade, o Reino Unido fechou sua principal clínica pediátrica de gênero. E o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido agora está admitindo o óbvio: que muitas crianças de repente se identificando como transgêneros provavelmente estão passando por uma fase e não devem ser ir para a esterilização química e cirúrgica”, defende Richards.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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