![Serviço Secreto dos EUA teria apagado mensagens do dia do ataque ao Capitólio Carta do Departamento de Segurança Nacional enviada ao comitê que investiga o 6 de janeiro apontou que as mensagens foram apagadas em um programa de substituição de dispositivos](https://media.gazetadopovo.com.br/2022/07/14221631/capitolio-960x540.jpg)
O Serviço Secreto dos Estados Unidos, órgão encarregado de proteger o presidente do país, entre outras autoridades, teria apagado mensagens de texto enviadas nos dias 5 e 6 de janeiro de 2021, esta última data do ataque ao Capitólio promovido por milhares de apoiadores do ex-presidente Donald Trump (2017-2021).
Uma carta do Departamento de Segurança Nacional enviada na quinta-feira (14) ao comitê da Câmara dos Deputados dos EUA que investiga os eventos de 6 de janeiro apontou que as mensagens foram apagadas do sistema como parte de um programa de substituição de dispositivos.
A carta explica que as mensagens foram excluídas logo após o Escritório do Inspetor-Geral dos EUA exigir a documentação das comunicações eletrônicas realizadas pelo Serviço Secreto como parte de sua avaliação dos incidentes ocorridos no Capitólio no dia 6 de janeiro de 2021.
Na semana passada, o diretor do Serviço Secreto, James Murray, anunciou que deixará o cargo no final do mês. A imprensa americana apurou que ele irá trabalhar para a empresa de rede social Snapchat.
Murray se aposentará do órgão em 30 de julho após 27 anos de serviço, três deles como diretor desde que foi nomeado para o cargo em maio de 2019 pelo então presidente Donald Trump.
Por sua vez, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou em entrevista coletiva que a saída de Murray está sendo preparada há meses e que não tem nada a ver com a polêmica que cercou o Serviço Secreto nos últimos dias em relação ao seu desempenho no dia 6 de janeiro de 2021.
No final de junho, uma ex-funcionária da Casa Branca durante o mandato de Trump disse ao comitê que investiga o ataque ao Capitólio que o ex-presidente ordenou que seu motorista de limusine fosse ao Congresso e que, quando este se recusou, o então presidente tentou tomar o controle do volante.
Fontes anônimas negaram este fato à imprensa e asseguraram que o Serviço Secreto está em condições de prestar depoimento sob juramento negando o que a ex-funcionária disse, algo que até o momento não aconteceu.
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