Atual presidente e candidata a reeleição Cristina Fernandez de Kirchner; governador da província de Santa Fé, o socialista Hermes Binner; deputado Ricardo Alfonsín; peronista Alberto Rodriguez Saá; e o ex-vice-presidente Eduardo Duhalde| Foto: REUTERS/Files

Um presidente, um ex-presidente e dois governadores fazem parte da lista de sete candidatos à Presidência argentina nas eleições de domingo, que segundo todas as previsões, vai eleger a atual chefe de Governo, Cristina Fernández de Kirchner.

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A líder do partido peronista Frente para a Vitória obteve o primeiro lugar nas eleições primárias de 14 de agosto, com 50,24% dos votos e 38 pontos percentuais sobre o pelotão de opositores, uma vantagem que poderá aumentar este domingo.

A advogada de 58 anos fez uma extensa carreira política como legisladora antes de suceder seu marido, Néstor Kirchner (2003-2007), que faleceu há um ano.

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Com uma personalidade forte, Cristina consolidou nestes quatro anos o modelo político e econômico iniciado por Kirchner, sem deixar de adotar algumas medidas polêmicas e sérios conflitos, como o de 2008 com o setor agrário, que rendeu ao Governo uma dura derrota nas eleições legislativas de 2009, da qual parece ter se recuperado totalmente.

O candidato com mais chances de figurar como líder da oposição é o governador da província de Santa Fé, o socialista Hermes Binner, da Frente Amplio Progresista, uma coalizão de partidos de centro-esquerda.

Médico de profissão, Binner é, aos 68 anos, o principal nome do Partido Socialista da Argentina, no qual milita desde a juventude, e sua principal arma é a imagem de político moderado e honesto.

Logo após Binner, o candidato com maior intenção de votos é o deputado Ricardo Alfonsín, da União para o Desenvolvimento Social. O advogado de 59 anos explorou na campanha sua semelhança - voz, gestos, rosto e discurso - com seu pai, o falecido ex-presidente Raúl Alfonsín.

No peronismo dissidente, Eduardo Duhalde tenta voltar à Casa Rosada. Ele assumiu a Presidência em 1º de janeiro de 2002, em meio a uma severa crise política e econômica, e por decisão do Parlamento, de forma provisória até 2003, quando passou o comando para Kirchner.

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Advogado de 69 anos, Duhalde foi deputado, senador, governador de Buenos Aires e vice-presidente de Carlos Menem, a quem tentou suceder em 1999, mas não conseguiu.

O outro postulante do peronismo dissidente é o governador da pequena província de San Luis, Alberto Rodríguez Saá, um advogado de 61 anos que pinta, esculpe e até projeta suas casas e roupas, e baseou sua campanha em promessas como conseguir internet gratuita para todos.

Alberto é irmão de Adolfo Rodríguez Saá, presidente provisório da Argentina por sete dias em dezembro de 2001, em plena crise, e que governava San Luis desde 1983.

Outro candidato singular é Jorge Altamira, candidato da Frente de Esquerda e dos Trabalhadores, que concorre à Presidência pela quinta vez.

Altamira é, na realidade, o pseudônimo adotado na juventude por este trotskista de 69 anos, chamado José Saul Wermus. Nas primárias, ele baseou sua campanha em pedir um "milagre" para conseguir os 500 mil votos necessários para concorrer nas eleições presidenciais.

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Outra pérola desta eleição é a deputada e candidata da Coalizão Cívica, Elisa Carrió, que após o tropeço sofrido nas primárias pede aos eleitores que não votem nela, mas em seus candidatos a legisladores.