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Judeus ortodoxos assistem ao funeral de um dos rabinos assassinados no atentado | Abir Sultan/Efe
Judeus ortodoxos assistem ao funeral de um dos rabinos assassinados no atentado| Foto: Abir Sultan/Efe

Reação

"Estamos em combate por Jerusalém", afirma Netanyahu

Efe

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ontem que os cidadãos de seu país estão em "um combate por Jerusalém, nossa eterna capital", e pediu ao mundo que condene sem paliativos a "selvagem instigação palestina".

"Há quem queira nos tirar de nosso país e de nossa capital, mas não vão conseguir. Estamos em um combate por Jerusalém, nossa eterna capital", declarou Netanyahu.

O chefe do Executivo israelense acrescentou que "a defesa de Jerusalém é a defesa da segurança dos cidadãos de Israel" e ressaltou que esta situação exige "a união nacional".

Netanyahu também qualificou de "escandalosas" as demonstrações de alegria hoje em Belém e em Gaza, onde foram distribuídos doces e se louvou o atentado da sinagoga.

Por fim, Netanyahu reiterou que seu gabinete adotou medidas de castigo, como a destruição das casas dos autores do ataque à sinagoga e de outros anteriores, e anunciou que se reforçará a segurança e o cumprimento da lei e da ordem em Jerusalém.

Israel considera Jerusalém sua capital "eterna e indivisível", apesar de a comunidade internacional não a reconhecer como tal, uma vez que sua parte oriental está sob ocupação desde 1967. Os palestinos reivindicam esse território como capital de seu Estado.

  • Premiê israelense pediu condenação sem paliativos

Um ataque a uma sinagoga do bairro de Har Nof, em Jerusalém Ocidental, causou ontem a morte de pelo menos sete pessoas, entre elas os dois supostos autores, informou a polícia local.

Segundo fontes médicas, oito pessoas ficaram feridas — algumas delas em estado grave — quando dois homens, aparentemente palestinos de Jerusalém Oriental, entraram na sinagoga armados com uma faca, um machado e uma pistola e atacaram os que estavam rezando, em dois lugares diferentes, antes de serem abatidos pelos policiais.

A polícia confirmou a morte de quatro israelenses e dos dois suspeitos e garantiu que está investigando o que considera um ataque terrorista, o segundo mais grave em Jerusalém desde o fim da Segunda Intifada.

Quatro das vítimas do atentado tinham dupla nacionalidade e, além de israelenses, três eram cidadãos americanos e um britânico.

Um policial baleado durante o ataque, enquanto tentava salvar uma mulher, morreu horas depois devido aos ferimentos.

Arieh Kipinsky, de 43 anos, Acalmam Levine, de 55, e Moshé Twersky, de 59, os três americanos, e o britânico Avraham Shmuel Goldberg, de 68 anos, eram rabinos e haviam migrado para Israel.

Os funerais aconteceram na tarde de ontem em um cemitério de Jerusalém, e foram acompanhados por milhares de pessoas.

Tensão

Jerusalém vem sendo palco de uma crescente tensão desde que três extremistas judeus mataram uma criança palestina em julho, no lado Oriental, como vingança pelo assassinato de três estudantes israelenses que pediam carona perto dos assentamentos de Gush Etzion.

Desde então, ocorreram protestos, enfrentamentos entre a polícia e jovens palestinos, além de ataques de colonos israelenses e cidadãos palestinos nos bairros árabes. A situação se agravou há um mês, quando um palestino fez duas vítimas ao atropelar as pessoas que esperavam pelo transporte público na linha que divide a cidade.

Rumores sobre uma possível mudança do status da Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do Islã, junto com as restrições de acesso impostas por Israel aos muçulmanos e o constante aumento da presença de ultranacionalistas judeus escoltados pela polícia alimentam a tensão na cidade.

O ataque de ontem foi elogiado por movimentos radicais islâmicos palestinos, como a Jihad Islâmica. O porta-voz do Hamas na Cisjordânia, Hussam Badram, vinculou o ataque à morte de um motorista de ônibus palestino, que apareceu enforcado na segunda-feira.

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