Forças de segurança da Síria mataram sete pessoas nesta sexta-feira, de acordo com ativistas de direitos humanos, enquanto manifestantes desafiaram uma onda de repressão desencadeada pelo presidente Bashar al-Assad que foi condenada pelos líderes mundiais.

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Três manifestantes foram mortos na cidade central de Homs, outros três no subúrbio de Damasco chamado Qatana e um na cidade de Zabadani, próxima da fronteira com o Líbano, afirmam os ativistas.

Soltados também atiraram contra manifestantes que pediam "a queda do regime" na cidade ao leste de Deir al-Zor, de acordo com grupo de direitos humanos e moradores.

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Grupos de direitos humanos estimam que pelo menos 1.000 pessoas foram mortas nas últimas dez semanas. Os líderes do encontro do G8 na França disseram que estão "chocados" com a morte de manifestantes pacíficos e exigiram um fim imediato no uso de força.

Damasco ignorou a condenação dos países ocidentais e as sanções e mostrou-se determinada a esmagar a revolta pró-democracia ao enviar forças policiais e tanques para reprimir os levantes. Eles alegam que as manifestações são feitas por grupos armados com financiamento de potências estrangeiras.

A televisão estatal disse que nove "mártires", incluindo policiais e civis, foram mortos por grupos armados na sexta-feira. Autoridades disseram que pelo menos 120 soldados e policiais foram mortos desde o início dos protestos em março.

As maiores manifestações acontecem normalmente nas sextas-feiras depois das preces muçulmanas, e elas também têm se provado as mais letais. O banho de sangue desta semana, no entanto, parece menor do que o testemunhado anteriormente.

Ativistas de direitos humanos disseram que as manifestações começaram na cidade de Albu Kamal, onde pessoas queimaram fotos do líder libanês do Hezbollah Sayyed Hassan Nasrallah, que nesta semana anunciou apoio a Assad.

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Eles disseram que dezenas de milhares de pessoas marcharam na cidade de Hama, local de um ataque do Exército que esmagou um levante islâmico armado em 1982 que deixou 30 mil pessoas mortas.