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Fumaça é vista do aeroporto da Bulgária | REUTERS/Stringer
Fumaça é vista do aeroporto da Bulgária| Foto: REUTERS/Stringer
  • O ônibus que transportava turistas israelenses e que foi alvo de um atentado no aeroporto de Burgas, na Bulgária

Ao menos sete pessoas morreram e mais de trinta ficaram feridas em um atentado contra turistas israelenses no aeroporto búlgaro de Burgas, às margens do Mar Negro, nesta quarta-feira (18).

O ministro das Relações Exteriores búlgaro, "Nikolay Mladenov, informou que a explosão foi causada por uma bomba colocada em um ônibus que transportava turistas que tinham desembarcado de um voo proveniente de Israel".

"No local da explosão, seis corpos foram encontrados e uma outra pessoa, que tinha ficado gravemente ferida, morreu no hospital. Duas pessoas com ferimentos graves estão na unidade de tratamento intensivo e outras 30 permanecem hospitalizadas", segundo a chancelaria búlgara.

No total, 154 passageiros estavam no avião, incluindo um americano, um italiano, um eslovaco, oito crianças e um bebê.

As vítimas, que chegaram em um voo que havia aterrissado pouco antes das 17h00 local (11h00 de Brasília), estavam sendo levadas de ônibus para o terminal do aeroporto, indicou o Ministério do Interior.

O prefeito de Burgas, Dimitar Nikolov, que estava no aeroporto no momento do incidente, disse que a explosão atingiu o ônibus quando os turistas estavam entrando no veículo e colocando suas malas no bagageiro, onde as autoridades suspeitam que os explosivos estariam escondidos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou oficialmente a República Islâmica do Irã. "Todos os sinais conduzem ao Irã", declarou Netanyahu em um comunicado.

Este atentado na Bulgária coincide com o 18º aniversário do ataque em 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires, que deixou 85 mortos e 300 feridos. Na ocasião, Israel também culpou o Irã.

Os Estados Unidos condenaram o ataque "contra pessoas inocentes, sobretudo, crianças, nos termos mais fortes", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

O porta-voz acrescentou que o presidente americano, Barack Obama, inclui as vítimas em suas orações.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, declarou em um comunicado que havia ficado "horrorizada com este ataque e muito chocada com as imagens vindas de Burgas". "Os responsáveis devem ser presos e condenados", acrescentou.

Vários comissários europeus também denunciaram o atentado em mensagens postadas no twitter.

A comissária responsável pela ajuda Humanitária, a búlgara Kristalina Georgieva, disse ter ficado "chocada e horrorizada com o anúncio da explosão em Burgas".

Já Cécilia Malmström, responsável pela Segurança e Relações Internas, expressou a sua tristeza e enviou suas condolências às famílias das vítimas.

Esta é a primeira vez que um ataque anti-israelense acontece na Bulgária.

Contudo, Danny Shenar, chefe do serviço de segurança no Ministério israelense dos Transportes, revelou no início do ano uma tentativa de atentado a bomba contra turistas israelenses em 3 de janeiro na Bulgária: um artefato explosivo foi descoberto depois de ter sido escondido em um ônibus que transportaria turistas israelenses da fronteira com a Turquia para uma estação de esqui búlgara. Mas as autoridades do país desmentiram essa informação em seguida.

Nos últimos anos, a região búlgara às margens do Mar Negro tornou-se um ponto turístico popular entre israelenses. Os dois países mantêm excelentes relações. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Bulgária foi o único aliado da Alemanha a ter salvado judeus dos campos de concentração nazistas, o que é lembrado regularmente durante contatos bilaterais com Israel.

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