Uma equipe franco-belga formada para investigar, de Bruxelas, os atentados prendeu, no domingo (15), sete suspeitos de terem participado dos ataques do grupo radical Estado Islâmico da última sexta-feira (13), em Paris. A informação foi repassada à imprensa por uma autoridade belga sob a condição de anonimato. Ainda não se sabe se os suspeitos foram detidos em território francês ou belga. Um deles seria francês, assim como três dos sete terroristas mortos (por ato suicida ou pela polícia) durante os atentados.
Também durante o domingo (15), três dos oito terroristas envolvidos nos ataques tiveram os nomes revelados pela imprensa.
Nas ruas
Com um forte esquema de segurança montado, a população de Paris preferiu ignorar as recomendações para ficar em casa. No domingo (15) multidões foram às ruas, visitar os locais atacados e também outros lugares ícones da liberdade da capital francesa, como a Place de la République e a Catedral de Notre Dame, que foi palco de horas de orações.
Procura-se
Considerado foragido, Abdeslam Salah, de 26 anos, teve a foto divulgada pela polícia francesa. A suspeita é que ele esteja escondido na Espanha ou na Bélgica – onde vivia. Salah é um dos três irmãos franco-belgas que participaram dos ataques. No comunicado em que divulgaram a foto do suspeito em seu Twitter, as autoridades francesas o descreveram como um indivíduo perigoso e sugeriu que as pessoas “não mexessem diretamente com ele”. A polícia francesa emitiu um alerta para o governo de Madrid sobre a possibilidade de ele ter fugido para a capital espanhola.
Abdeslam é irmão de Ibrahim Salah, 31 anos, que teria participado do ataque suicida no Comptoir Voltaire, um bar do 11.º distrito francês, onde dezenas ficaram feridos. O nome de Ibrahim foi revelado pelo jornal Le Monde, que também falou do francês Omar Ismaïl Mostefaï, de 29 anos. Ele teria detonado um cinto com explosivos na casa de shows Bataclan, onde 89 pessoas morreram.
Nascido na periferia da França, mais especificamente em Courcouronnes, no departamento de Essonne, a 90 quilômetros de Paris. A agência internacional Associated Press, inclusive, já entrevistou vizinhos de Mostefï. Eles o teriam descrito como uma pessoa tímida e atenciosa.
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Leia a matéria completaOutro suposto agressor, detentor de um passaporte sírio encontrado perto do corpo de uma dos atiradores, passou pela Grécia em outubro, informou o vice-ministro grego responsável pela polícia, Nikos Toskas. Uma fonte da polícia grega disse que o homem chegou a Leros com um grupo de 69 refugiados e que suas impressões digitais foram coletadas pelas autoridades na ilha. A identidade dele, no entanto, não foi revelada.
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Sâmar Razzak,paulistana, jornalista formada pelo PUC PR, em Curitiba, e faz mestrado na capital francesa
Leia a matéria completaA autenticidade do documento reforça a tese de que o terrorista possa ter chegado à Europa com os refugiados. Mas como os passaportes sírios são conhecidos por serem moedas valiosas entre todos os requerentes de asilo no continente, ainda não é possível confirmar se o dono é de fato um dos agressores. Um passaporte egípcio também foi encontrado próximo ao corpo de outro agressor.
Vítimas
A conta das vítimas está em 129 e centenas de feridos – 99 deles em estado grave. Ao longo de domingo (15), o número chegou a subir para 132 depois de um boletim dos hospitais de Paris, mas logo depois foi descartada.
Segundo o Ministério da Defesa da França, cinco mil soldados estão mobilizados em Paris e arredores. Além disso, mais de 15 unidades do exército foram colocadas em uso após os ataques da última sexta.
Ainda assim, a população insistiu em ir às ruas. Os locais dos atentados foram visitados, assim como outros lugares símbolos da liberdade – Place de la République – e do estilo de vida francês – a Catedral de Notre Dame –, foram palco de manifestações e orações.
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