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A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye aceitou nesta segunda-feira se reunir com Kim Jong-un, mas não cedeu às condições prévias exigidas Pyongyang, enquanto Seul e Washington preparam manobras militares que podem elevar a tensão na península.

"Posso me reunir com quem quer que seja se for necessário para abrir o caminho para a unificação pacífica" da península coreana, disse em entrevista coletiva realizada em Seul a chefe de Estado, que recomendou ao Norte adotar uma postura de diálogo "aberta e sincera".

Park disse que em uma cúpula intercoreana poderiam ser discutidos temas como o programa nuclear do regime de Kim Jong-un e as sanções unilaterais que Seul mantém contra Pyongyang.

No entanto, a presidente deixou claro que não aceitaria as condições exigidas por Pyongyang para um hipotético encontro.

Em seu recente discurso de Ano Novo, Kim Jong-un disse estar disposto a se encontrar com Park se fossem cumpridos requisitos como o cancelamento dos exercícios militares conjuntos que Seul e Washington realizam em território sul-coreano e que a Coreia do Norte considera um ensaio para invadir seu território.

Os dois aliados informaram hoje que realizarão a partir de amanhã manobras navais de dois dias de duração no litoral leste sul-coreano, nas quais serão utilizados destroieres equipados com o sistema de defesa para mísseis balísticos Aegis.

A semana Coreia do Norte instou os Estados Unidos a abandonar todos os exercícios previstos para este ano e insinuou que em troca suspenderia momentaneamente seus testes nucleares, uma oferta qualificada de inaceitável pelo Departamento de Estado americano "por ligar manobras rotineiras a um ensaio atômico".

Em novembro, a Coreia do Norte ameaçou realizar um novo teste nuclear subterrâneo em resposta a uma resolução da ONU que pretende julgar no Tribunal Penal Internacional (TPI) as violações dos direitos humanos do regime.

Outro assunto que ameaça piorar o clima na península é o envio de balões para a Coreia do Norte com DVD's do polêmico filme "A entrevista", considerado por Pyongyang uma "declaração de guerra". A ação está sendo planejada por um grupo de ativistas.

Pyongyang exigiu que Seul proíba a campanha se deseja melhorar os laços bilaterais, mas a Coreia do Sul defende que fazer isso seria uma medida contra a liberdade de expressão.

A presidente sul-coreana qualificou hoje de "apropriadas" as novas sanções que os Estados Unidos impuseram a Coreia do Norte após o ciberataque contra o estúdio da Sony, que produziu a comédia que narra um complô para assassinar Kim Jong-un.

Os EUA acusam a Coreia do Norte pelo ataque virtual, o que é negado pelo regime.

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