O governo da Coreia do Sul anunciou nesta quarta-feira (26) que vai cooperar com seus aliados, entre eles os Estados Unidos, e o Conselho de Segurança da ONU para responder com "medidas adequadas" o lançamento norte-coreano de dois mísseis de médio alcance.
A ação da Coreia do Norte "é uma clara violação das resoluções da ONU" que impedem o país de realizar testes com mísseis balísticos, informou o Ministério das Relações Exteriores de Seul em comunicado.
Além disso, qualificou a ação como uma "provocação que representa uma ameaça à segurança de civis" e pediu que o regime de Kim Jong-un acabe com esses testes e "cumpra com suas obrigações" com a comunidade internacional.
A Coreia do Norte disparou durante a madrugada desta quarta-feira dois mísseis balísticos de médio alcance do modelo Rodong no Mar do Leste (Mar do Japão), que voaram 650 quilômetros antes de impactar nas águas.
Trata-se do primeiro lançamento norte-coreano de mísseis desse tipo desde julho de 2009, relatou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul, que garantiu que o Exército "monitora de perto" todos os movimentos da Coreia do Norte diante da possibilidade de novas "provocações".
Por sua parte, os Estados Unidos garantiram que "levam muito a sério" a ação norte-coreana, já que esta representa uma "preocupante escalada" de tensão, e também adiantou que tomará "medidas adequadas" em colaboração com seus aliados e o Conselho de Segurança da ONU.
Por enquanto, ainda não se sabe se Estados Unidos, Coreia do Sul e seus aliados vão propor ao Conselho de Segurança um aumento das sanções que este mesmo órgão impôs à Coreia do Norte por seus testes nucleares e de mísseis de longo alcance.
O lançamento dos projéteis Rodong norte-coreanos acontece depois que o país comunista realizou testes nas últimas semanas com dezenas de mísseis de curto alcance como resposta aos exercícios militares que Seul e Washington realizam em território sul-coreano.
Além disso, a ação chega um dia depois que os líderes de Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão conversaram na Cúpula de Segurança Nuclear realizada em Haia, na Holanda, sobre o programa de armas atômicas do regime de Kim Jong-un, considerado uma ameaça à segurança global.
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