O Serviço Nacional de Inteligência (NIS) da Coreia do Sul informou nesta terça-feira (29) que “uma equipe avançada” das tropas norte-coreanas enviadas à Rússia segue para a frente de guerra na Ucrânia.
A informação foi divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap e surge após o Pentágono ter indicado nesta segunda-feira (28) que Pyongyang enviou cerca de 10 mil militares para o leste da Rússia, manifestando “preocupação” com a hipótese de Moscou utilizá-los em combate.
A inteligência de Seul, por sua vez, estima que a Coreia do Norte poderá enviar cerca de 10,9 mil militares para a Rússia até o mês de dezembro.
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, conversaram nesta terça-feira por telefone e ambos “condenaram a cooperação militar ilegal entre a Coreia do Norte e a Rússia, incluindo transferências de armas e envio de tropas", e concordaram em “realizar consultas estratégicas para uma resposta conjunta”, de acordo com um comunicado do gabinete presidencial sul-coreano.
Yoon expressou sua preocupação com a transferência de tecnologia militar sensível de Moscou para Pyongyang em troca do envio de tropas, e com o fato das forças norte-coreanas ganharem experiência de combate no conflito na Ucrânia.
Para Zelensky, o envio de soldados norte-coreanos para as linhas de frente poderia iniciar uma “fase nova e sem precedentes” no conflito e disse que Kiev enviaria em breve uma delegação à Coreia do Sul para “maior progressão”.
Segundo o presidente ucraniano, a conclusão é clara: "a guerra está se tornando internacional, está se espalhando para além de dois países”.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”