Os exércitos de Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos realizaram, nesta quarta-feira (20), manobras aéreas conjuntas que incluíram a presença de um bombardeiro estratégico americano B-1 para responder ao lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM) por parte da Coreia do Norte.
O exercício foi realizado sobre as águas "da área onde se sobrepõem as zonas de identificação de defesa aérea (ADIZ, na sigla em inglês) entre a República da Coreia (nome oficial do Sul) e Japão" a leste da ilha sul-coreana, indicou em um comunicado o Estado-Maior Conjunto sul-coreano (JCS).
É a 13ª vez este ano que um bombardeiro estratégico dos EUA visita a Coreia do Sul, naquele que é um novo exemplo da chamada “dissuasão estendida” e da escalada militar que ocorre na península coreana.
A dissuasão estendida ou ampliada é o acordo entre EUA e Coreia do Sul pelo qual Washington protege seu aliado e que inclui o envio periódico e rotativo de recursos estratégicos americanos, além do recém-criado Grupo de Consulta Nuclear (NGC), que estabelece a estrutura de diálogo para contemplar também uma resposta nuclear a um ataque norte-coreano.
Esse é o segundo exercício aéreo conjunto realizado por Seul, Tóquio e Washington - o primeiro foi em outubro - e, além do bombardeiro, participaram caças de combate F-15 sul-coreanos, F-16 americanos e F-2 (que são a versão japonesa do F-16) japoneses.
As manobras representam uma implementação dos acordos alcançados pelos três países em Camp David no verão passado e “fortalecem as capacidades dos três países para responder às ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte”, afirma o comunicado do JCS.
Na segunda-feira (18), a Coreia do Norte testou um ICBM de combustível sólido, marcando seu quinto lançamento de mísseis de longo alcance este ano, um recorde.
Após o fracasso das negociações de desnuclearização com os EUA em 2019, a Coreia do Norte aprovou um plano de modernização de armas – que inclui a implantação de satélites militares e envolveu a realização de inúmeros testes de mísseis – além de rejeitar o reinício do diálogo e buscar uma maior aproximação com China e Rússia.
Por sua vez, Seul, Tóquio e Washington reforçaram sua cooperação militar e aumentaram suas manobras conjuntas, enquanto a implantação de meios estratégicos dos EUA na península – no domingo passado o submarino nuclear USS Missouri também chegou à Coreia do Sul – tornou-se algo frequente. (Com Agência EFE)
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