Jerusalém (AE/AP) Os problemas de saúde do primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, eram mais graves do que seus médicos divulgaram quando ele sofreu um leve derrame em dezembro, publicou o jornal israelense Haaretz em sua edição de ontem. Entre as informações supostamente ocultadas pelos médicos, de acordo com a reportagem do Haaretz, está a existência de um aneurisma entre as cavidades cardíacas de Sharon.
Além disso, um problema congênito no coração do primeiro-ministro em coma desde 4 de janeiro, quando sofreu um segundo e mais potente derrame fez o sangue começar a fluir na direção errada, atesta o jornal. Aneurismas podem causar coágulos de sangue no cérebro. Ainda segundo o Haaretz, o primeiro-ministro tinha outros problemas que o tornavam vulnerável a coágulos.
Remédio errado
Após o primeiro derrame, em 18 de dezembro, o neurologista de Sharon, Tamir Ben-Hur, afirmou que as condições gerais do primeiro-ministro eram boas, com exceção apenas de sua obesidade. Os médicos prescreveram então medicamentos para reduzir o risco de coagulação sanguínea.
Entretanto, essas substâncias aumentariam as chances de hemorragia cerebral, destacou o Haaretz.
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