Jerusalém (Das agências internacionais) O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, de 77 anos, sofreu um sério derrame cerebral e teve que passar por uma cirurgia ontem à noite. Ele já tinha sofrido um derrame dia 18 e se preparava para fazer um cateterismo nesta quinta-feira. A cirurgia de ontem correu bem, segundo o porta-voz do premier, Raanan Gissin.
O vice-primeiro-ministro, Ehud Olmert, assumiu todas as funções de governo durante, no máximo, os próximos 100 dias, e teve sua segurança reforçada. Ele participa hoje de uma reunião extraordinária com a equipe de Sharon.
Sharon foi levado às pressas ao hospital Hadassah, em Jerusalém, depois de sentir-se mal. Ele estava em seu rancho no Deserto de Neguev quando começou a sentir dores no peito e falta de sensibilidade nos membros inferiores, disseram os socorristas. Segundo os médicos, ele estava consciente e os danos do derrame podem ser reversíveis. Um coágulo teria obstruído a circulação de sangue no cérebro do primeiro-ministro.
O diretor do hospital, Shlomo Mor-Yosef, informou que Sharon foi anestesiado e está respirando com ajuda de aparelhos. Os exames iniciais não mostraram alterações cardíacas ou neurológicas, mas indigaram tratar-se de um derrame sério. "Um derrame grave significa que ocorreram danos profundos", declarou Yosef.
Sharon é freqüentemente chamado de "o trator" e comanda Israel desde 2001. Ele recebeu elogios da comunidade internacional por ter colocado em prática, no ano passado, o plano de retirada que esvaziou 21 colônias judaicas na Faixa de Gaza e 4 na Cisjordânia, pondo fim a 38 anos de ocupação. Sem ele no governo, a negociação de paz com os palestinos pode se tornar ainda mais difícil.
Os Estados Unidos manifestaram ontem preocupação com o quadro político e a saúde de Sharon. O presidente George W. Bush emitiu declaração na qual afirmou que ele e sua esposa Laura compartilham "da preocupação do povo israelense".
O segundo derrame acontece em um momento em que o premier é apontado pelas pesquisas como o favorito para as eleições de março, após realizar uma mudança drástica na política israelense. A retirada de Gaza criou insatisfação de seus correligionários e Sharon acabou deixando o Likud, partido de direita que ajudou a fundar nos anos 70. O novo partido que criou, o Kadima, quer assumir a liderança do próximo governo.
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT