A pessoa mais jovem laureada com o Prêmio Nobel da Paz da História, em 2014, a adolescente paquistanesa Malala Yousafzai, de 18 anos, também é uma aluna exemplar. A ativista se formou no ensino médio e obteve nota máxima (A+) em seis matérias — biologia, química, física, estudos religiosos, matemática e uma versão internacional do curso de matemática — e a segunda maior nota (A) em outras quatro disciplinas — história, geografia, língua e literatura inglesas — no seu Certificado Geral de Educação Secundária (GSCE, na sigla em inglês), algo como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Brasil.
Malala se tornou conhecida mundialmente devido justamente à sua luta para frequentar a escola. Em 2012, quando ainda morava no Paquistão, ela mantinha um blog no qual escrevia sobre a repressão dos muçulmanos fundamentalistas das milícias talibãs em seu país, contrários ao acesso das mulheres à educação. Ameaçada, ela não deixou de ir às aulas, mas numa manhã daquele mesmo ano, quando estava na caçamba da caminhonete que transportava estudantes, foi baleada na cabeça.
O drama da adolescente ganhou repercussão internacional. Levada para um hospital em Birmingham, no Reino Unido, ela escapou da morte e, após um longo período de recuperação, Malala e sua família permaneceram no país. O pai da estudante, Ziauddin Yousafzai, publicou a novidade sobre os resultados de sua filha na escola em seu Twitter:
“Minha esposa Toor Pekai e eu estamos orgulhosos de Malala ter conseguido seis A*s e quatro As. #educação para toda criança”, escreveu Yousafzai na rede social, onde tem cerca de 12,5 mil seguidores.
Desde que ganhou o Nobel, Malala foi convidada para dar dezenas palestras e participar de eventos ao redor do mundo, mas declinou a maior parte dos convites para não perder as aulas na escola secundária Edgbaston, instituição de ensino privada apenas para meninas na região de Birmingham, onde ela e a família moram.
STF inicia julgamento que pode ser golpe final contra liberdade de expressão nas redes
Plano pós-golpe previa Bolsonaro, Heleno e Braga Netto no comando, aponta PF
O Marco Civil da Internet e o ativismo judicial do STF contra a liberdade de expressão
Putin repete estratégia de Stalin para enviar tropas norte-coreanas “disfarçadas” para a guerra da Ucrânia
Deixe sua opinião