Simpatizante do EI queria explodir canguru em ato terrorista na Austrália

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Um adolescente australiano é suspeito de ter planejado (sem concretizar o plano) enrolar uma bomba em um canguru, pintá-lo com o símbolo do Estado Islâmico (EI) e explodir o animal em policiais. Svedet Ramadan Besim, de 19 anos, é acusado de arquitetar o ataque terrorista em 25 de abril do ano passado, quando é comemorada uma das datas mais importantes do país, o Dia Anzac.

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Ele também teria idealizado atropelar e depois degolar um agente de segurança. “Eu adoraria eliminar alguns policiais”, teria dito Besim, em mensagem online a um cúmplice britânico. “Eu ia encontrá-los e aí cortar algumas cabeças”.

Na conversa, ele também teria afirmado que estava “pronto para enfrentar os cachorros na casa deles”. Os dois ainda falaram da vida selvagem australiana, segundo os documentos da corte, com a ideia de amarrar uma bomba C4 e pintar o símbolo do EI em um canguru. O jovem, no entanto, nega. A identidade do outro adolescente não foi revelada.

Besim enfrenta na Suprema Corte australiana outras duas acusações: o engajamento nas comunicações online e a criação de um memorando eletrônico no celular, as duas relacionadas à preparação do ataque terrorista. De acordo com a polícia, o adolescente segue a ideologia extremista de organizações terroristas, em especial a do EI.

O promotor da Commonwealth - associação internacional entre o Reino Unido e os Estados que faziam parte do Império britânico, como a Austrália -, Andrew Doyle, decidiu retirar uma quinta acusação, a de conspiração para ato terrorista, depois que Besim compareceu à corte na quinta-feira, o o que já o livra de uma possível condenação a prisão perpétua. Ele deve voltar a encarar os juízes na próxima semana.

Besim está preso desde abril do ano passado, quando 200 policiais fortemente armados detiveram cinco adolescentes e apreenderam facas e espadas com eles no Sudeste de Melbourne, uma semana antes do Dia Anzac, que marca o aniversário da primeira grande incursão militar das tropas locais na Primeira Guerra Mundial