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Associação de Trabalhadores do Estado citou que condenação da vice-presidente argentina seria como condenar “o povo trabalhador”; veredito em caso de corrupção sai terça-feira (6)
Associação de Trabalhadores do Estado citou que condenação da vice-presidente argentina seria como condenar “o povo trabalhador”; veredito em caso de corrupção sai terça-feira (6)| Foto: EFE/Demian Alday Estévez

A delegação de Buenos Aires da Associação de Trabalhadores do Estado (ATE) convocou uma paralisação de atividades para a próxima terça-feira (6) caso a Justiça condene a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, por suposta corrupção cometida durante seus mandatos como presidente (2007-2015).

O grupo sindical afirmou nas suas redes sociais que os funcionários públicos “estão com Cristina” e que, “se a condenarem”, o Estado vai parar, além de ter feito uma alusão ao caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil.

“Se tocarem em Cristina... vamos parar o Estado. Os trabalhadores não vamos permitir um Lula em nosso país. Chega de Lawfare [guerra jurídica] e perseguição política", destacaram.

Em declarações à Radio Nacional, o secretário-geral da ATE Capital, Daniel Catalano, afirmou nesta quarta-feira (30) que “se condenam Cristina, condenam o povo trabalhador”, e ressaltou: “Temos a obrigação de sair em defesa dela porque será sair em defesa própria”.

A vice-presidente é acusada de ter cometido crimes de associação ilícita e administração fraudulenta de fundos públicos, motivo pelo qual, no último dia 22 de agosto, o Ministério Público solicitou uma condenação de 12 anos de prisão e inabilitação perpétua para o exercício de cargos públicos.

No caso que está tramitando atualmente, que tem 13 réus, são julgadas as supostas irregularidades na concessão de 51 obras públicas a empresas do empresário Lázaro Báez durante os governos do falecido Néstor Kirchner (2003-2007) e sua esposa Cristina (2007-2015) na província de Santa Cruz, berço político do kirchnerismo.

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