Caracas Cinco grandes sindicatos venezuelanos estão "em alerta máximo" e dispostos a "tomar o controle das operações e da gestão" da americana Exxon Mobil e de outras multinacionais, em apoio à nacionalização do setor petrolífero.
Representantes da Exxon Mobil disseram aos trabalhadores "que não aceitarão negociar" as condições trabalhistas e salariais "sob a modalidade de empresas mistas, e muito menos sob a de nacionalização", informaram os sindicatos em comunicado. Os trabalhadores afirmaram que estão "totalmente dispostos a tomar o controle das operações e da gestão da empresa para colocá-la verdadeiramente a serviço do processo revolucionário e da sociedade".
Os petroleiros acrescentaram que esperam fazer o mesmo com outras multinacionais do setor que operam na Faixa do Orinoco, onde calcula-se que existam as maiores reservas de petróleo do planeta. Os sindicatos denunciaram que as multinacionais pretendem "ignorar o direito dos trabalhadores de discutir seus respectivos projetos de convenção coletiva", valendo-se da "incerteza" gerada pelo anúncio da nacionalização feito em 13 de janeiro pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez. Os sindicatos acrescentaram que os empregados das empresas estrangeiras chamaram "todos os trabalhadores do setor de hidrocarbonetos a unir esforços".