Sindicatos franceses esperam atrair ao menos 2 milhões de pessoas, incluindo estudantes e famílias, para uma manifestação no sábado contra o plano do governo de aumentar a idade de aposentadoria, disse o dirigente de um importante sindicato nesta sexta-feira.
O projeto de lei aumentaria a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos e a idade para se aposentar com pensão integral passaria de 65 para 67 anos.
Os sindicatos convocaram um dia de protestos, na quarta rodada de ação contra o projeto. A proposta deve ser debatida no Senado no dia 5 de outubro. "Queremos entre 2 e 3 milhões de pessoas", disse François Chereque, chefe do poderoso sindicato CDFT à rádio RTL nesta sexta-feira.
Os sindicatos dizem que cerca de 3 milhões de pessoas participaram de greves e protestos no dia 23 de setembro, enquanto a polícia afirma que o número foi de cerca de 1 milhão. As greves prejudicaram as aulas, obrigaram o cancelamento de até 50 por cento dos voos nos principais aeroportos e cortaram para a metade muitos dos serviços de trem da França.
"Muitas pessoas que não puderam participar das manifestações durante a semana estarão nas ruas amanhã", disse Chereque. "Nosso objetivo é manter o mesmo nível, ter mais famílias e aumentar a representação que nos apoia."
Depois dos protestos nacionais, senadores disseram que oferecerão apenas pequenas concessões em seu polêmico projeto de lei, mas rejeitaram a possibilidade de mudar os principais pontos da proposta.
Os sindicatos esperam que a grande presença de manifestantes na semana passada obrigue o governo a recuar na principal reforma dos cinco anos de mandato do presidente Nicolas Sarkozy. A proposta de lei aumentaria a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos e a idade para se aposentar com pensão integral aumentaria de 65 para 67.