Sindicatos franceses pediram ao presidente Jacques Chirac para devolver ao parlamento a legislação de reforma trabalhista sem o contencioso do Contrato de Primeiro Emprego, depois que milhões se reuniram nas ruas e uma greve foi feita contra a reforma.
Um porta-voz do governo desmentiu que o primeiro-ministro Dominique de Villepin poderia sair se Chirac tirar o apoio ao contrato, mas a matéria dividiu o governo.
Em carta a Chirac, os cinco maiores sindicatos da França disseram que a teimosia de Villepin significa que a solução está nas mãos de Chirac.
"Pedimos ao senhor, senhor presidente, para apreciar como a atual crise é uma fonte de exasperação e tensão no país, eles escreveram.
Eles pediram para invocar o Artigo 10 da Constituição e ordenar uma nova leitura da lei de oportunidades iguais, despida das medidas do contrato de primeiro emprego.
Assessores disseram que Chirac, que cancelou uma viagem planejada para quinta-feira para ficar em Paris e monitorar a crise, se pronunciaria em público nos próximos dias.
Os sindicatos vão discutor seus próximos passos na crise depois da reunião do gabinete, realizada nesta quarta-feira, tendo já se recusado a aceitar o convite de Villepin para tratar de eventuais modificações na lei.
