Relatório
Os inspetores da ONU que investigaram o uso de armas químicas na Síria entregarão na segunda-feira seu relatório sobre a investigação do suposto ataque de gás venenoso na periferia de Damasco no mês passado, segundo o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius. O documento poderá confirmar ou desmentir a acusação de Estados Unidos, França e Reino Unido de que houve a aplicação de agentes químicos na região.
- Putin critica os EUA em artigo para o NYT
A Síria aderiu formalmente ontem à convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) que proíbe o uso de armas químicas. O anúncio foi feito a jornalistas pelo embaixador sírio na ONU, Bashar Jaafari. O diplomata disse que o "instrumento de acesso" foi entregue por ele ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
A adesão do país ao tratado internacional tornou-se possível depois que o presidente da Síria, Bashar Assad, assinou decreto legislativo na manhã de ontem em Damasco, disse Jaafari. A convenção exige de seus signatários a destruição de todas as armas químicas.
O porta-voz da ONU, Farhan Haq, disse que o "secretário-geral recebe com satisfação este acontecimento e, como depositário da convenção, tem defendido" a adesão universal ao documento.
"Dados os recentes eventos, ele espera que as negociações em andamento em Genebra levem a um rápido acordo endossado e assistido pela comunidade internacional", declarou Haq.
Mais cedo, Haq confirmou que a ONU havia recebido e estava traduzindo os documentos do governo da Síria para a adesão do país à convenção internacional contra o uso de armas químicas.
A adesão ocorre no mesmo dia em que os chanceleres dos Estados Unidos e da Rússia iniciaram em Genebra uma rodada de negociações com o objetivo de colocar as armas químicas sírias sob controle internacional e evitar uma intervenção externa em uma guerra civil que dura dois anos e meio e já deixou mais de 100 mil mortos.
Em entrevista coletiva ao lado do chanceler da Rússia, Serguei Lavrov, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, salientou que os EUA poderiam atacar a Síria se Assad não aceitar o desmantelamento de seu arsenal de armas químicas. "Haverá consequências se isso não acontecer", disse.
Lavrov disse que o desmantelamento do arsenal "tornará desnecessário qualquer ataque contra a República Árabe Síria".
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