A Síria admitiu nesta sexta-feira (22) ter derrubado um caça F-4 turco em seu espaço aéreo, confirmando as afirmações do primeiro ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
"Confirmamos que o alvo foi um avião militar, atingido por um tiro direto após entrar no espaço aéreo sírio. Ele caiu no mar, em águas territoriais sírias, a cerca de 10km da costa da província de Latakia", declarou um porta-voz do Exército sírio, que pediu o anonimato.
O porta-voz também explicou que radares sírios detectaram nesta sexta-feira, às 11h40 locais, um "alvo não-identificado, que entrou no espaço aéreo sírio em alta velocidade e baixa altitude", e que, em seguida, a defesa anti-aérea recebeu uma ordem para abrir fogo.
As marinhas turca e síria estão em contato para organizar as buscas aos dois pilotos do avião, concluiu o porta-voz.
Após uma reunião de crise em Ancara, o gabinete do primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, já havia afirmado que um caça havia sido derrubado pelo Exército sírio.
"Depois da avaliação dos dados recolhidos pelas instituições envolvidas e de inteligência obtidos nos trabalhos de busca e resgate, entendemos que nosso avião foi abatido pela Síria", indica o comunicado. "A Turquia irá revelar sua ação definitiva, e tomará com determinação as medidas necessárias, quando tudo estiver esclarecido em relação a este incidente".
O avião desapareceu dos radares turcos às 11h58, no mar, a sudoeste da província turca de Hatay (sul), na fronteira com a Síria, segundo o Estado-Maior das Forças Armadas turcas. Trata-se de um caça-bombardeiro F-4, indicaram fontes oficiais turcas, citadas pela agência de notícias Anatolia.
Erdogan indicou que o incidente foi registrado a oito milhas náuticas (15 km), próximo à cidade síria de Latakia (noroeste).
O comunicado foi divulgado após uma reunião entre o primeiro-ministro, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o general comandante da aviação e alguns ministros, e não oferece detalhes sobre a missão que o F-4 realizava perto do território sírio.