O governo da Síria condenou hoje a "flagrante agressão israelense" nas ocupadas Colinas de Golã. Um dia antes, a imprensa estatal de Damasco afirmou que 23 pessoas haviam sido mortas por forças israelenses, durante um dia de protestos. "A Síria denuncia fortemente o flagrante ataque de ontem contra civis desarmados, sírios e palestinos, ao longo da linha de demarcação na Golã ocupada", afirmou a chancelaria em comunicado. "A agressão resultou em um grande número de mortos e feridos, e desmascara a realidade do terrorismo de Estado praticado por Israel."
Tropas israelenses abriram fogo ontem contra jovens palestinos e manifestantes sírios que marcavam a Guerra dos Seis Dias, em 1967, evento conhecido em árabe como "Naksa", ou "revés". Os militares israelenses contestaram o número de mortos, afirmando que dez pessoas haviam morrido quando minas terrestres explodiram no lado sírio da fronteira. Hoje, o Exército de Israel afirmou que o número de mortos citado por Damasco é "exagerado".
As tropas nas Colinas de Golã permanecem em alerta máximo, após as mortes de ontem. Israel, porém, não confirmou que alguém tenha sido morto por disparos israelenses. Hoje havia apenas algumas pessoas perto da fronteira acampadas, segundo o Exército. Uma porta-voz militar disse que Israel monitora a situação e que a noite foi "calma". Os protestos foram organizados por grupos palestinos para marcar os 44 anos desde que Israel tomou o controle da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, na Guerra dos Seis Dias.