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Acordo

Síria deve entregar armas químicas em uma semana

John Kerry e Sergey Lavrov antes de anunciar acordo sobre armas químicas na Síria | Larry Downing/Reuters
John Kerry e Sergey Lavrov antes de anunciar acordo sobre armas químicas na Síria (Foto: Larry Downing/Reuters)

Os governos dos Estados Unidos e da Rússia anunciaram neste sábado, em Genebra (Suíça), que chegaram a um plano para que o regime de Bashar Assad, na Síria, entregue suas armas químicas. Segundo o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, o governo sírio deverá apresentar todo seu material químico, uma espécie de inventário, à comunidade internacional no prazo de uma semana. Depois, começará o processo de destruição "segura" deste arsenal até meados de 2014.

O plano inclui ainda acesso ao material químico por parte de inspetores externos até o mês de novembro deste ano. De acordo com Kerry, se Assad não cumprir o plano, EUA e Rússia vão buscar uma forma de sanção, incluindo até mesmo uma ação militar, com base em resolução da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Temos o compromisso de impor medidas com base no capítulo 7 do Conselho de Segurança da ONU", disse Kerry, mencionando trecho da Carta da ONU que abre caminho para um ataque à Síria. O secretário americano afirmou que o ditador sírio deve permitir que o plano seja totalmente "implementado". "O mundo não vai esperar para Assad honrar seus compromissos", afirmou, ao lado do ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov.

De acordo com o secretário norte-americano, os inspetores de armas devem chegar à Síria em novembro. "Os inspetores devem chegar em solo sírio não mais tarde do que novembro e a meta é estabelecer a remoção de todo o arsenal até metade do ano que vem", informou Kerry.

Intervenção

Esse foi o terceiro dia de negociações entre EUA e Rússia em Genebra. O governo americano tem ameaçado agir na Síria se Assad não entregar suas armas químicas à comunidade internacional. O presidente Barack Obama acusa o ditador de usar gás venenoso para matar civis no conflito local. No meio da semana, a Rússia, parceira da Síria na discussão da crise, anunciou a disposição de o regime abrir mão das armas químicas em troca de não sofrer intervenção militar.

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