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Imagem, divulgada pela Agência de Notícias Árabe Síria (SANA), mostra os danos de uma construção após um ataque aéreo israelense em Al-Hama, área rural de Damasco na Síria | EFE / EPA / SANA HANDOUT
Imagem, divulgada pela Agência de Notícias Árabe Síria (SANA), mostra os danos de uma construção após um ataque aéreo israelense em Al-Hama, área rural de Damasco na Síria| Foto: EFE / EPA / SANA HANDOUT

Israel fecha espaço aéreo no norte para voos civis

As autoridades de Israel fecharam o espaço aéreo do norte do país para a aviação civil, informou a rede de televisão CNN neste domingo (5). A ordem ocorreu após um ataque de aviões israelenses contra militares sírios no início do dia.

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ONU expressa grande preocupação com relatos de ataques na Síria

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, expressou preocupação neste domingo com os relatos de que Israel atacou alvos na Síria, mas disse que a ONU não foi capaz de confirmar se tais ataques tinham ocorrido.

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Assad "pagará preço alto", diz primeiro-ministro turco

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou hoje que o ditador sírio Bashar al-Assad, a quem ele chama de "assassino", pagará "um preço muito alto" pelo que tem feito em seu país.

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O governo da Síria afirmou neste domingo (5) que Israel levará o Oriente Médio a uma guerra se continuar com ataques contra alvos no território sírio. Para o regime do ditador Bashar Assad, a ação desta madrugada contra um centro militar viola leis internacionais.

As declarações são feitas horas após caças israelenses bombardearem o complexo militar de Jamraya, a 60 km da capital Damasco. Segundo fontes do governo israelense, a intenção era destruir um carregamento de mísseis iranianos que seriam enviados ao grupo radical libanês Hizbollah.

A ação causou a condenação do Irã, aliado de Assad, mas também do Egito e da Liga Árabe que, apesar de darem apoio aos rebeldes sírios, são contrários à atuação militar israelense na região e defendem a criação de um Estado palestino.

Em comunicado feito durante um intervalo em uma reunião de emergência do alto escalão do regime, o ministro da Informação da Síria, Omram al Zoubi, disse que os ataques fazem com que o Oriente Médio se torne "mais perigoso" e são "uma flagrante violação às leis internacionais".

O ministro sírio defendeu que o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) avalie a questão e afirmou que o regime enviou duas cartas, uma destinada ao conselho e outra ao secretário-geral, Bak Ki-moon.

No documento, Zoubi afirmou que os ataques israelenses dos últimos dias são um apoio direto às ações dos terroristas, como o regime de Assad chama os rebeldes que há dois anos combatem contra o governo, em especial a Frente al Nusra, que diz ter relações com a rede terrorista Al Qaeda.

"Esta agressão, da qual Israel não se responsabilizou, abre portas a todas as possibilidades e confirma a ligação entre Israel e grupos de ideologia radical islâmica. Eles não podem jogar com o destino da Síria. Nós temos direito de proteger com todos os meios nosso país e nosso povo de toda a agressão estrangeira".

Ele também acusou os Estados Unidos de darem cobertura para a ação israelense e voltou a dizer que os rebeldes são financiados por países árabes, como a Arábia Saudita, a Turquia e o Qatar. "Estamos todos em um estado de ira. Não é um ataque novo, pois é praticado todos os dias por terroristas".Condenação

A ação israelense na Síria causou a condenação do Egito e da Liga Árabe. Ambos são contrários ao regime de Bashar Assad, mas também mantêm oposição a Israel pela atuação militar na região, em especial contra os palestinos, e pela resistência à criação do Estado palestino.

Em comunicado, o gabinete do presidente egípcio, Mohamed Mursi, disse que os ataques são uma violação dos princípios do direito internacional e devem complicar ainda mais a situação síria, além de ameaçar a segurança e a estabilidade da região.

Com o mesmo temor, a Liga Árabe pediu a atuação imediata do Conselho de Segurança para impedir que o conflito tome maiores proporções. A condenação acontece mesmo após a retirada do regime de Bashar Assad da representação do grupo de países. Na última reunião, a cadeira síria foi ocupada pela oposição.

Mais cedo, o porta-voz da Chancelaria do Irã, Ramin Mehmanparast, condenou o bombardeio e disse que "é um esforço de Israel para criar instabilidade e insegurança na região", mas não comentou sobre o dado a respeito da origem dos mísseis.

O grupo radical libanês Hizbollah também não fez comentários sobre o bombardeio, assim como a ONU e os países ocidentais. Na tarde de ontem, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que não comentaria os ataques, mas defendeu o direito de Israel de combater contra o Hizbollah.

Caso confirmado, o bombardeio será a segunda ação de Israel na Síria em menos de três dias, um sinal da entrada do Estado judaico nos confrontos entre o regime de Bashar Assad e grupos rebeldes. Embora não veja vantagem no conflito sírio, a ação militar pode minar o poder do Hizbollah e de Teerã, aliados de Assad.

Rebeldes ocupam base aérea no norte da Síria

Os rebeldes ocuparam neste domingo (5) partes de uma base aérea militar no norte da Síria, após dias de confrontos com tropas do governo que defendiam o local há meses, de acordo com ativistas. O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, baseado em Londres, afirmou que os rebeldes assumiram o controle de partes da base aérea de Mannagh, próxima à fronteira com a Turquia, apesar dos ataques de aviões do governo. A imprensa local publicou que os rebeldes capturaram uma unidade de ataque dentro da base e que o comandante Ali Salim Mahmoud foi morto.

Irã diz estar pronto para "treinar" tropas da Síria

O Irã está pronto para "treinar" as tropas da Síria se Damasco precisar da ajuda, disse neste domingo o comandante das forças do Exército da república islâmica, general Ahmad Reza Pourdastan. "Como uma nação muçulmana, nós nos voltamos para a Síria e, se houver necessidade de treinamento, nós providenciaremos, mas não haverá qualquer envolvimento ativo nas operações", disse, em comentários divulgados pela agência oficial de notícias Irna. No entanto, Pourdastan acrescentou que "o Exército da Síria tem acumulado experiência durante anos de conflitos contra o regime sionista (Israel), sendo capaz de se defender sozinho e não precisa de assistência estrangeira". As informações são da Dow Jones.

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