O governo do presidente sírio Bashar al-Assad informou nesta quinta-feira (24) que pode encerrar o estado de emergência, vigente desde 1963 no país após uma semana de protestos na cidade de Deraa.
"Estou feliz em anunciar a vocês as decisões feitas hoje pelo partido Baath, sob os auspícios do presidente Bashar al-Assad, que incluem o estudo da possibilidade de encerrar o estado de emergência e o licenciamento de partidos políticos", disse Buthaina Shaaban, conselheira de comunicação do presidente durante coletiva de imprensa. Segundo ela, as exigências do povo sírio são "justas".
Mais cedo na quinta-feira, a conselheira havia informado que dez pessoas morreram durante confrontos em Deraa, localizada a 120 quilômetros ao sul de Damasco, embora os ativistas digam que 100 pessoas foram mortas a tiros apenas ontem.
Shaaban disse que presidiu uma reunião do partido governista Baath durante a qual as decisões tomadas incluem garantir a segurança para o povo e um alto comitê para discutir com os moradores de Deraa o que aconteceu e punir os responsáveis. "Cada decisão tomada leva em consideração o povo de Deraa", afirmou.
"Há algumas exigências e vamos responder a elas. Algumas serão bem rápidas, mas algumas delas podem levar tempo e discussões", disse Shaaban. "Se houver uma demanda legítima do povo, as autoridades vão considerá-la com seriedade, mas se alguém quer apenas causar problemas, então a história é diferente", advertiu.
A cidade de Deraa parecia abandonada nesta noite (horário local). Todo o comércio e as escolas estavam fechadas e milhares de soldados e unidades antiterrorismo patrulhavam as ruas. As informações são da Dow Jones.
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