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Oriente Médio

Síria e Líbano aceitam negociar demarcação de fronteiras

Um dia depois de anunciarem que restabelecerão relações diplomáticas plenas, os líderes da Síria e do Líbano afirmaram nesta quinta-feira (15) que concordaram em negociar a demarcação de suas fronteiras, antiga demanda libanesa para normalizar os laços com os sírios. Por meio de um comunicado conjunto, os presidentes do Líbano, Michel Suleiman, e da Síria, Bashar Assad, anunciaram a criação de uma comissão para definir os limites territoriais.

A fronteira entre o Líbano e a Síria permanece indefinida desde que os dois países se tornaram independentes da França, em 1943. Na quarta-feira, Suleiman foi recebido com tapete vermelho por Assad, no primeiro encontro bilateral entre chefes de Estado em três anos. A Síria dominou o Líbano por quase 30 anos até 2005, quando o ex-primeiro-ministro Rafic Hariri foi morto em um atentado em Beirute deu início a um período de contínua turbulência na região.

Suleiman, que foi comandante do Exército libanês antes de tornar-se presidente, descreve suas relações com Damasco como excelentes. Questionado sobre se o acordo inclui as Granjas de Shebaa, ocupadas por Israel e reivindicadas pelo Líbano, o Ministro de Relações Exteriores libanês, Walid Mualem, afirmou que a definição sobre essa região não pode acontecer sob ocupação. Israel considera as Granjas de Shebaa como parte das Colinas de Golã, ocupadas desde 1967, quando ocorreu a Guerra dos Seis Dias. Apesar de a Organização das Nações Unidas (ONU) considerar o território parte integrante da Síria, Damasco e Beirute afirmam que a região é parte do sul do Líbano.

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