A Síria vive um estado de guerra civil, com mais de 4 mil mortos e um número cada vez maior de soldados pegando em armas contra o governo do presidente Bashar al-Assad, afirmou a principal autoridade para direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira (1º). "Estamos estimando o número em 4 mil, mas as informações confiáveis que nos chegam são de que é muito mais do que isso", disse a Alta Comissária para Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, em uma entrevista coletiva. "Eu havia dito que, assim que houvesse mais e mais desertores ameaçando tomar as armas - eu disse isso em agosto ante o Conselho de Segurança -, haveria uma guerra civil. Nesse momento, é assim que eu defino isso", afirmou ela. O Conselho de Direitos Humanos da ONU terá uma sessão de emergência na sexta-feira (2), depois de um relatório feito por uma comissão de inquérito independente da ONU que disse que as forças sírias cometeram crimes contra a humanidade, incluindo execuções, tortura e estupro. "Pretendo somar a minha voz ao achado da comissão de inquérito com relação às evidências apontando para a execução de crimes contra a humanidade", afirmou Pillay, uma ex-juíza para crimes de guerra da ONU que conduzirá a sessão de um dia em Genebra. Indicação
Pillay observou que em agosto ela pedira que o Conselho de Segurança indicasse a Síria para o promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes contra a humanidade. "Na minha opinião, baseada no nosso monitoramento da situação, é preciso que os perpetradores sejam processados no mais alto nível por crimes contra a humanidade", afirmou ela nesta quinta-feira. A Liga Árabe colocou personalidades sírias em uma lista negra de viagens nesta quinta-feira e chanceleres da União Europeia deixaram pronto um projeto para impor sanções econômicas contra Assad, a fim de pressioná-lo a encerrar a repressão militar contra os protestos militares, que já duram oito meses.
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