O presidente da Síria, Bashar al-Assad, fez um convite informal para que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, faça uma visita a Damasco para conversas, em um sinal de que as relações entre os dois países podem estar gradualmente se descongelando.
"Nós gostaríamos de dar as boas-vindas a ele na Síria, definitivamente", disse Assada à rede Sky News em uma entrevista transmitida na sexta-feira. "Eu estou muito certo disso."
Questionado se um encontro poderia ocorrer a qualquer momento, Assad respondeu: "Isso depende dele". Sorrindo, acrescentou: "Eu vou pedir a você que leve o convite a ele".
Seus comentários ocorreram em uma descontraída entrevista em que Assad falava enquanto caminhava ao lado de sua mulher nascida na Grã-Bretanha.
Falando em inglês, Assad disse que se ele e Obama se encontrarem, isso não significa necessariamente que concordarão com todas as questões.
"Qualquer cúpula entre dois presidentes é algo positivo", disse ele, acrescentando: "Isso não significa que você tem que concordar com tudo. Mas, quando você discute, é assim que você consegue superar as diferenças".
Segundo ele, "é normal haver diferenças entre diferentes culturas, diferentes nações e Estados".
"Mas eu penso que os Estados Unidos têm um papel especial como a maior potência. Eu acho que o presidente Obama deve visitar tantos países quanto puder a fim de fazer esses diálogos... E, claro, isso inclui a Síria."
Os Estados Unidos adotaram medidas para iniciar um diálogo com a Síria depois que Obama assumiu, saindo da política de isolacionismo de George W. Bush, que colocou a Síria no "Eixo do Mal" junto com Irã, Iraque e Coreia do Norte.
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