Kofi Annan se reúne com presidente sírio Bashar Al-Assad em Damasco| Foto: PHOTO/HO/SANA

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, se reuniu por duas horas com o enviado especial Kofi Annan em seu palácio presidencial em Damasco, nesta terça-feira.

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Annan tenta salvar seu plano de paz, em vigor há seis semanas, porém sem surtir efeitos até agora. O cessar-fogo, um dos pontos principais do acordo, não é cumprido.

Não houve declarações após o encontro, mas a expectativa é de que o ex-secretário-geral da ONU tenha instado o cumprimento do cessar-fogo. Ao chegar na capital síria na segunda-feira, Annan pediu que as autoridades ponham fim aos assassinatos após o "terrível crime" em Houla.

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"Durante este tempo, a Síria não cometeu nenhuma violação do plano de paz de Annan ou do entendimento inicial entre a Síria e as Nações Unidas", afirmou o vice-chanceler Faisal Mekdad. "Ao mesmo tempo, o outro lado não se comprometeu com nenhum ponto (do plano de paz). Isso significa que existe uma decisão dos grupos armados e da oposição para não implementar o plano de Annnan e para fazê-lo não dar certo."

Em resposta ao massacre de Houla, a França expulsou nesta terça-feira o embaixador sírio no país, assim como a Austrália, que ordenou a saída de dois diplomatas sírios, incluindo o chefe da missão no país, em até 72 horas. O ministro das Relações Exteriores australiano, Bob Carr, disse esperar que outros países façam o mesmo.

Rússia e China, principais aliados da Síria no cenário internacional, apoiaram um texto do Conselho da Segurança da ONU condenando a Síria pelo massacre em Houla.

"Acreditamos que Annan fará esforços, nos próximos dias e semanas, para convencer os países que financiam e apoiam esses grupos terroristas a parar de mentir sobre querer que o plano seja bem sucedido", afirmou Mekdad.

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