Pelo menos 976 civis, entre eles 54 menores de idade e 28 mulheres, morreram na Síria em decorrência da repressão do regime desde 22 de dezembro, quando a missão de observadores da Liga Árabe chegou ao país, informa neste domingo (22) um comunicado do grupo opositor Comitês de Coordenação Local (CCL).

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Mais de 340 dessas vítimas morreram na província de Homs, principal reduto da oposição rebelde e a região mais castigada pela repressão do regime. Outras 166 mortes foram registradas na província de Idlib e 131 na de Damasco, que inclui a capital síria e seus arredores.

Os CCL revelaram esses números em paralelo à reunião que o grupo de contato para a Liga Árabe realiza neste domingo para avaliar o relatório elaborado pelos observadores e recomendar se a missão deve ou não prorrogar seus trabalhos, algo que deverá ser decidido posteriormente pelos chanceleres do bloco, em outra reunião.

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A previsão é que o documento inclua as observações dos mais de 160 delegados da Liga desdobrados na Síria sobre a situação no país, especialmente sobre se o regime respeitou seu compromisso de cessar a violência, libertar as pessoas detidas durante os protestos e retirar as tropas das ruas.

Esses são alguns dos pontos que constam da iniciativa de solução à crise proposta pela Liga Árabe, que em dezembro passado impôs sanções econômicas ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, e ameaçou transferir a questão ao Conselho de Segurança da ONU.

Embora a previsão oficial para o fim dos trabalhos da missão fosse no último dia 19, a Secretaria-Geral da Liga Árabe decidiu que ela ficasse até este domingo no país, à espera da decisão dos ministros do bloco.