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Repressão

Síria prende 3 mil opositores em três dias, diz ativista

Tropas sírias prenderam mais de 3 mil pessoas nos últimos três dias durante varreduras em casas da cidade rebelde de Rastan, recentemente retomada por forças do governo após intensos combates contra soldados desertores. Enquanto isso, um membro do Parlamento sírio rejeitou o Conselho Nacional formado por membros da oposição. Segundo Khaled Abboud, a iniciativa "é um sonho que nunca se tornará verdade".

A criação do conselho ocorreu após cinco dias de intensas batalhas entre as Forças Armadas sírias e rebeldes na região central do país. Ao criar uma frente nacional de oposição, os sírios estão seguindo os passos de rebeldes da Líbia, que formou um Conselho Nacional de Transição, durante o levante que derrubou o ditador Muamar Kadafi.

Em Rastan, um ativista disse que os detidos foram levados para uma fábrica de cimento e escolas.

"Dez parentes meus foram detidos", afirmou o ativista que se identificou apenas como Hassan. "A situação na cidade é horrível."

Os conflitos em Rastan estão entre os piores no país desde o início da revolta popular contra o governo de Bashar al-Assad. No domingo, segundo Hassan, milhares de funcionários do regime limparam as ruas e reconstruíram áreas destruídas no que parecia ser uma tentativa de encobrir os estragos causados pelo bombardeio. Ele disse também que mantimentos foram levados para a cidade.

A mídia estatal disse que as tropas tomaram o controle de Rastan após caçar "terroristas armados" escondidos dentro da cidade. Mas os combates na região evidenciaram o início de uma revolta armada após a deserção de militares.

Ainda nesta segunda-feira, centenas de pessoas compareceram ao funeral do filho do principal clérigo muçulmano sunita do país, morto no domingo em uma emboscada. Grand Mufti Ahmad Badreddine Hassoun, considerado um aliado próximo do regime Assad, afirmou que a oposição deve parar de atuar contra o país do exterior.

"Venham e digam o que querem e, se alguém recusar, vou com vocês para a oposição", disse Hassoun. "Vocês querem liberdade, vocês querem Justiça, então venham e construam isso conosco na Síria.

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