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O Ministério de Relações Exteriores da Síria disse nesta terça-feira que seu país "rejeita absolutamente" qualquer plano para o envio de tropas árabes para o país, apesar do aumento do número de mortos durante os dez meses de violentos conflitos.

O líder do Catar, xeque Hamad bin Khalifa Al Thani, disse no domingo que tropas árabes poderiam ser enviadas para a Síria para encerrar a violência. Essas foram as primeiras declarações de um líder árabe pedindo o envio de tropas para o território sírio.

"A Síria rejeita as declarações de autoridades do Catar sobre o envio de tropas árabes para piorar a crise...e abrir caminho para a intervenção estrangeira", diz o documento.

O Catar, que já teve relações próximas com Damasco, tem sido um duro crítico da repressão de Assad. O governo do Catar retirou seu embaixador da Síria para protestar contra os assassinatos. Desde o início da Primavera Árabe, mais de um ano atrás, o Catar tem tido um papel agressivo, elevando sua influência na região.

"O povo sírio rejeita qualquer intervenção estrangeira em seus assuntos, sob qualquer nome, e vai enfrentar qualquer tentativa de violação da soberania da Síria e da integridade de seus territórios", disse o ministério de Relações Exteriores em comunicado.

O governo afirma que terroristas estão por trás do levante - e não pessoas que querem reformas - e que gangues armadas estão agindo em nome de uma conspiração estrangeira para desestabilizar o país.

"Seria lamentável que o sangue árabe caísse no território sírio para servir a interesses conhecidos", diz o comunicado, sem maiores explicações.

O documento da chancelaria pede que a Liga Árabe interrompa o que chamou de "campanha de mobilização na mídia" e que a organização "ajude a impedir a infiltração de terroristas e a entrada de armas" em território sírio.

A agência de notícias estatal Sana disse nesta terça-feira que um "grupo terrorista armado" lançou granadas propelidas por foguete contra um posto de verificação do exército na noite de segunda-feira, matando seis militares, a cerca de 9 quilômetros de Damasco.

Segundo a Organização das Nações Unidas, cerca de 400 pessoas foram mortas nas últimas três semanas, número que se soma aos mais de 5 mil mortos desde março. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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