A Síria rejeitou nesta segunda-feira (23) uma nova proposta da Liga Árabe para que o atual presidente, Bashar al-Assad, transfira o poder ao seu vice com o intuito de formar um governo de unidade nacional em dois meses. O governo sírio chamou a iniciativa de "flagrante interferência", informou a TV estatal, citando um funcionário do governo.
Os chefes da diplomacia da Liga Árabe aprovaram o plano no domingo, no Cairo, numa nova tentativa de solucionar o grave problema por que passa a Síria. A proposta será apresentada à ONU para aprovação.
"A Síria rejeita a proposta, que é uma violência contra a Carta da Liga Árabe, e a considera um ataque à sua soberania nacional, além de uma interferência flagrante em seus assuntos internos", reportou o jornal citando o funcionário como fonte.
Ainda segundo a reportagem, "o Conselho dos Ministros [da Liga Árabe] deveria assumir suas responsabilidades, detendo o financiamento e o fornecimento de armas aos terroristas", disse o funcionário citado pela TV estatal.
"A decisão do Conselho de Ministros, que vai contra os interesses do povo, não impedirá que a Síria avance em sua política de reformas e que leve segurança e estabilidade a seu povo, que tem demonstrado durante a crise seu compromisso com a unidade nacional e sua adesão ao presidente Assad", informou a fonte. As informações são da Dow Jones.