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Ditadura comunista

Sistema elétrico de Cuba entra em colapso total, informa Ministério de Energia

Idoso é obrigado a descer de escada no seu prédio em Havana, devido a apagão em 6 de outubro (Foto: EFE/Ernesto Mastrascusa)

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O sistema elétrico de Cuba entrou em colapso total nesta sexta-feira (18), informou o Ministério de Energia e Minas (Minem) do país por meio das redes sociais.

“Às 11h07 desta manhã, devido às condições em que o SEN [sistema elétrico nacional] está operando, ele foi totalmente desconectado”, declarou o órgão, que disse estar trabalhando para o restabelecimento.

O colapso do sistema foi causado por um problema na usina termoelétrica de Guiteras, uma das maiores do país, que obrigou os técnicos a desligá-la, segundo o Minem.

Essa usina termoelétrica, segundo a própria Unión Eléctrica (UNE), precisou de alguns dias de manutenção depois de estar em operação durante todo o verão (hemisfério norte), e com mais de quatro décadas de atividade.

Em setembro de 2022, uma situação semelhante de “produção zero” ocorreu após a passagem do furacão Ian, sobre a ponta oeste do país. Isso causou uma grande interrupção de energia e deixou Cuba inteira sem luz. A recuperação levou dias.

Cuba está mergulhada em uma grave crise energética devido à escassez de combustível - resultado da falta de moeda estrangeira para importá-lo - para seus motores e usinas geradoras, e à obsolescência de suas sete usinas termoelétricas de estilo soviético, que carecem de investimento e manutenção.

Nesta sexta-feira, a UNE previu que, no momento de demanda máxima, haveria um apagão que afetaria simultaneamente 49% do país.

Essa seria a segunda maior porcentagem de impacto esperada até agora neste ano, depois do pico de quinta-feira, de cerca de 51%. No início do ano, já foram registradas taxas de mais de 40%.

O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, fez um pronunciamento na televisão ontem para falar sobre a atual “emergência nacional” e anunciou medidas como a paralisação de todas as obras estatais não indispensáveis, incluindo hospitais e centros de produção de alimentos.

Os frequentes apagões estão prejudicando a economia cubana - que em 2023 sofreu uma contração de 1,9% e ainda está abaixo dos níveis de 2019 - e estão alimentando o descontentamento social em uma sociedade afetada pela crise econômica que se agravou nos últimos anos.

Os frequentes apagões também foram um catalisador para os últimos protestos antigovernamentais de grande dimensão no país, incluindo os de 11 de julho de 2021 - os maiores em décadas - e os de 17 de março em Santiago de Cuba e outras localidades.

Conteúdo editado por: Fábio Galão

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