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Um sistema projetado para tratar grandes quantidades de água contaminada na área afetada pelo desastre nuclear no Japão foi desligado neste sábado (18), poucas horas após ter iniciado as operações com capacidade total, por causa de um componente que se preencheu de radioatividade mais rápido do que se previa.

A Tokyo Electric Power Co., que opera a usina nuclear de Fukushima Daiichi, investiga a causa e não sabe ao certo quando reiniciará o sistema, informou o porta-voz da companhia, Junichi Matsumoto.

A água, que é bombeada para esfriar os núcleos do reator danificado, está ficando contaminada no processo. Cerca de 105 mil toneladas de água altamente radioativa se acumularam em toda a usina, e podem transbordar dentro de duas semanas, se nada for feito.

O sistema de tratamento da água iniciou as operações com capacidade total na noite de ontem, após uma série de problemas envolvendo vazamentos e falha nas válvulas. A atividade foi suspendida na manhã deste sábado, quando trabalhadores detectaram um aumento acentuado de radiação no componente que absorve césio, explicou Matsumoto. A radioatividade em um dos 24 componentes, que deveria durar por algumas semanas, já atingiu seu limite dentro de cinco horas, acrescentou ele.

O terremoto e o tsunami de 11 de março cortaram o fornecimento de energia à usina, incapacitando os sistemas de resfriamento, o que provocou o derretimento em três reatores. A TEPCO pretende estabilizar a situação até o começo de janeiro. As informações são da AP.

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