Um site brasileiro de apologia ao nazismo, cujo nome usa uma palavra de origem germânica, está pregando boicote a produtos de Israel. "Os produtos israelenses podem ser identificados no mercado pelos três primeiros dígitos de seu código de barras - 729 -. Assim como as empresas, através de internet e até a própria atividade profissional", diz um texto postado no site.
Ele apresenta fotos de Hitler e personagens da História nazista, entrevistas com simpatizantes estrangeiros, charges racistas, arte ariana, artigos com títulos como "Racismo para pessoas normais" e uma seção de perguntas e respostas que nega o Holocausto. Também oferece downloads do que chama "e-books", com temas como "História secreta do Brasil" e as "Obras completas de Adolf Hitler" (este, em espanhol).
O registro do site é americano e está em nome de um provedor chamado http://1and1.com/, na cidade de Chesterbrook, estado da Filadélfia. Ele se apresenta como o maior fornecedor de hospedagem do mundo.
O Globo Online tentou falar com a assessoria de imprensa da empresa, mas os telefones fornecidos pelo site não estão corretos. O telefone fornecido pela lista telefônica está correto, mas a ligação cai assim que a o serviço eletrôico de atendimento é ativado.
Um dos links fornecidos pelo site é o de uma página que apresenta "nazistas sulinos". O site estava hospedado na Argentina, no provedor Libreopinion.com. O governo brasileiro teria solicitado ao governo argentino a derrubada do site.
No Brasil, a apologia ao nazismo é crime. Este ano, o gaúcho Alexandro Fraga Carneiro, de 26 anos, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a dois anos e 11 meses de prisão. A pena foi convertida a prestação de serviços à comunidade e pagamento de salário mínimo a entidade beneficente.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião