Um site criado pelo Ministério da Defesa chinês informou ter sido atingido por 2,3 milhões de ataques de hackers em seu primeiro mês de operação, mas nenhum deles obteve sucesso.

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O editor do site, Ji Guilin, foi citado como tendo declarado que o site também encontrou popularidade entre visitantes menos agressivos, atraindo 1,25 bilhão de visitas nos três meses posteriores ao seu lançamento, em 20 de agosto.

Mais cedo, o jornal oficial China Daily, publicado em inglês, havia estimado o número de ataques de hackers em 230 milhões, mas o número parecia incorreto porque seria equivalente a mais de cinco mil tentativas de invasão por minuto.

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Os ataques cibernéticos para roubar informações ou prejudicar operações são preocupação crescente para as forças armadas mundiais, com o avanço do papel da tecnologia.

Os Estados Unidos anunciaram este ano a criação de um cibercomando de suas forças armadas, para coordenar os esforços nacionais de proteção às redes de computadores e as operações no ciberespaço.

Funcionários norte-americanos acrescentaram, na ocasião, que mais de 100 serviços estrangeiros de inteligência estavam tentando invadir redes norte-americanas, mas que também havia preocupação quanto a ataques terroristas e ações de hackers individuais.

As forças armadas chinesas, que em geral preferem preservar o sigilo, lançaram um site como parte de um novo esforço para combater críticas externas à transparência do país e ao reforço de sua capacidade militar.

A decisão surgiu em um momento no qual a China está acelerando o investimento em suas forças armadas -as maiores do mundo- para introduzir novas armas de alta tecnologia. O orçamento militar publicado pelo país vem apresentando crescimento da ordem de dois dígitos a cada ano, recentemente.

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Mas o sigilo que prevalece no sistema político chinês faz com que os vizinhos asiáticos da China e os Estados Unidos desconfiem de suas intenções militares.

Os rivais se preocupam com a possibilidade de que os gastos militares chineses superem os 70 bilhões de dólares divulgados este ano, um total, entretanto, muito inferior aos mais de 500 bilhões de dólares do orçamento do Pentágono.