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O Pornhub, um dos maiores produtores e distribuidores de pornografia online, está bloqueando os residentes do estado americano de Utah de acessar seu site em resposta a uma nova lei estadual que proíbe a empresa de admitir menores de 18 anos na plataforma.
A legislação, chamada Requisitos de Idade para Visualização de Pornografia Online, "cria obrigações e responsabilidades para uma entidade comercial que fornece pornografia ou outros materiais prejudiciais a menores", de acordo com o texto. Ela exige que o Pornhub e outros sites adultos pertencentes à empresa-mãe Mind Geek verifiquem a idade dos usuários, solicitando que eles enviem uma identificação com foto antes de poderem ver o conteúdo adulto.
Computadores com endereços IP sediados em Utah foram proibidos nesta semana de acessar os sites, e os usuários receberam uma mensagem protestando contra a lei, que o governador Spencer Cox assinou em março.
"Como você deve saber, seus representantes eleitos em Utah estão nos exigindo verificar sua idade antes de permitir que você acesse nosso site", diz a mensagem. "Embora segurança e conformidade estejam no centro de nossa missão, fornecer seu documento de identidade toda vez que deseja visitar uma plataforma adulta não é a solução mais eficaz para proteger nossos usuários e, na verdade, colocará crianças e sua privacidade em risco."
Os usuários de Utah também foram recebidos com um vídeo de uma atriz pornô lendo a declaração em voz alta na câmera. A declaração alertou que a lei poderia redirecionar os usuários para sites mais perigosos com "menos medidas de segurança".
"Até que uma solução real seja oferecida, tomamos a difícil decisão de desabilitar completamente o acesso ao nosso site em Utah", acrescentou a mensagem. Como alternativa, a empresa pediu aos legisladores que considerassem "soluções de verificação baseadas em dispositivos".
Em dezembro de 2022, uma mãe processou a MindGeek depois que um homem foi condenado por estuprar seu filho de 14 anos, gravar o ato e fazer o upload do vídeo no Pornhub. Ela alegou que o site forneceu "assistência, plataforma, diretrizes de conteúdo e edições" ao estuprador para produzir o máximo de tráfego a partir do conteúdo para o site, conforme relatou o Business Insider.
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