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Um sistema de alerta geral fez com que muitos soldados e civis da base militar de Fort Hood, no Texas, se trancassem em suas casas e locais de trabalho e não vissem nada a respeito do tiroteio que deixou 12 mortos e 31 feridos nesta quinta-feira (5). Dois brasileiros que estavam na região do ataque contaram ao site de notícias G1 que tudo já estava mais calmo pouco após o fim do incidente, às 20h30 (horário de Brasília). Segundo eles, a probabilidade de haver algum brasileiro entre as vítimas é pequena.

"Aqui já está tudo mais calmo. Ainda estamos fechados na base, sem que ninguém possa entrar ou sair. Sabemos que um dos mortos é um policial que estava atendendo à chamada e os três atiradores eram soldados, mas ainda não foi divulgado quem eram ou porque fizeram isso. Estamos fechados dentro do prédio, ninguém entra e ninguém sai", contou o sargento da reserva Francisco Lago, por telefone.

Lago contou que chegou nesta quinta-feira (5) pela manhã à base de Fort hood. Depois de servir o exército por seis anos (entre 1998 e 2004) e de atuar por um ano na Guerro do Iraque, ele atualmente é policial na cidade de Dallas e faz um treinamento anual em Fort Hood. "Coincidiu que hoje era o início do meu treinamento. Cheguei à base pela manhã e não chegamos nem a treinar, pois à tarde aconteceu isso", disse. Segundo ele, são poucos os brasileiros na base de Fort Hood, e é improvável que algum tenha se ferido. A base continua fechada e não há definições sobre como as atividades vão ser retomadas.

Além de Lago, um casal de mineiros também estava na região do tiroteio e ficou trancado em casa, recebendo informações apenas pela imprensa local. Esposa de um militar que pediu para não ter o nome divulgado, Seviany contou que ficou em casa todo o tempo.

"Recebemos aviso da escola em frente a nossa casa dizendo para fecharmos portas e janelas e ficarmos trancados dentro de casa. Estamos trancados e não sabemos de nada até agora. Eles pedem para ficarmos dentro de casa, e cada hora uma emissora de TV fala uma coisa diferente. Estamos sem poder fazer nada", contou Seviany ao G1, por telefone.

O casal mora no local há um ano, o marido dela é soldado e eles dizem que é a primeira vez que algo assim acontece, pois o sistema de segurança tem um forte controle de quem entra e quem sai da base. Seviany disse conhecer apenas três brasileiros que moram no posto em Fort Hood. "Aqui não há muitos brasileiros. A maioria é de hispânicos e de norte-americanos", disse.

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