A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino| Foto: EFE/EPA/HEINZ-PETER BADER
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A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, destacou nesta quinta-feira (26) a grave situação da Venezuela durante uma reunião que co-presidiu ao lado do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

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Mondino afirmou que “a situação na Venezuela está definitivamente desestabilizando a região”, citando o êxodo de 7,7 milhões de venezuelanos que, em sua maioria, buscam abrigo em países latino-americanos. Ela enfatizou que a migração em massa tem imposto desafios significativos para a integração desses imigrantes nos mercados de trabalho dos países que os acolhem.

Os participantes da reunião também discutiram a necessidade urgente de reconhecer a validade das atas eleitorais apresentadas pela oposição venezuelana, em vez de continuar exigindo os resultados eleitorais do chavismo que “não refletem a realidade”. Mondino mencionou que a comunidade internacional deve considerar as denúncias de fraude nas eleições realizadas em 28 de julho e destacou que “a única verificação possível está nas atas que apresentou a oposição, as quais são válidas segundo o próprio Centro Carter”.

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A chanceler também compartilhou as iniciativas da Argentina para acolher os venezuelanos que já estão no país, incluindo a criação de um regime especial de regularização migratória para facilitar sua integração.

“Estamos tentando fazer com que eles passem a integrar o mercado de trabalho formal, mas é muito difícil porque alguns não têm os documentos de seu país de origem”, explicou Mondino, referindo-se a muitos imigrantes que chegaram à Argentina há anos sem a documentação adequada.

Em sua fala, a chanceler também sublinhou a importância da justiça internacional. Ela lembrou que a Argentina ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a emissão de ordens de prisão contra o ditador Nicolás Maduro e outros líderes do regime, reiterando o compromisso de seu país com a defesa da democracia e dos direitos humanos.

“Todos sabemos que defendemos a democracia. Todos sabemos que defendemos a liberdade. Todos sabemos que há certas coisas que não deveriam ser permitidas. Mas acontecem”, afirmou.

Mondino também aproveitou a oportunidade para reafirmar o desejo da Argentina de avançar nas negociações do acordo comercial com a União Europeia, que se arrastam há 25 anos. Ela expressou a firme intenção do governo argentino em fortalecer laços com a UE e destacou a necessidade de um diálogo produtivo.

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Além de se reunir com Blinken, ministra participou de um encontro bilateral com Jasem Mohamed Albudaiwi, secretário-geral do Conselho de Cooperação dos Estados Árabes do Golfo. Durante a conversa, ambos discutiram o potencial de colaboração comercial, com Mondino enfatizando as capacidades da Argentina para contribuir com a segurança alimentar da região e expandir investimentos nos setores de energia, mineração e agricultura.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]