A situação política no Paraguai deve ser tema esta semana de uma reunião extraordinária da Organização dos Estados Americanos (OEA). O representante do Paraguai na OEA, embaixador Hugo Saguier, evitou opinar sobre o que ocorrerá no encontro. De acordo com ele, as discussões foram adiadas do último dia 22 para esta semana.
No entanto, Saguier disse que a expectativa é que a maioria dos 34 integrantes da OEA evite tomar decisões que contrariem os desejos do governo do presidente paraguaio, Federico Franco. "Hoje existe uma maioria que é contra a adoção de sanções ao Paraguai. Somos 34 estados e todos nós votamos da mesma forma", disse ele.
O embaixador acrescentou ainda que a adoção de sanções ao Paraguai, na OEA, exigem 23 votos. Para ele, não há esse número.
Em 22 de junho, o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, foi destituído do poder. Lugo deixou o governo depois de ser submetido a um processo de impeachment que durou menos de 24 horas. O processo político levou o Mercosul e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) a suspenderem temporariamente o Paraguai.
Para os líderes políticos latino-americanos, houve rompimento da ordem democrática no processo de destituição de Lugo do poder. O governo Franco negou irregularidades no processo alegando que foi seguida a Constituição.