O ex-analista de sistema da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden, afirmou que os programas de vigilância usados pelos Estados Unidos para capturar informações de telefones e conexões de internet pelo mundo estão tornando as pessoas menos seguras.

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Em um vídeo curto publicado no site do WikiLeaks, Snowden disse que as revelações sobre a NSA que ele fez antes de ir para a Rússia "colocam as pessoas em risco de entrar em conflito com seu próprio governo".

Snowden, que responde por acusações de espionagem nos EUA após os vazamentos, descreveu as técnicas da NSA como "uma rede de vigilância em massa que coloca populações inteiras debaixo de um olho que tudo vê, mesmo quando isso não é necessário". "Eles ferem nossa economia, ferem nosso país, limitam nossa habilidade de falar, de pensar e viver e de sermos criativos, de termos relacionamentos e nos associarmos livremente."

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Os vídeos marcam a primeira fala pública de Snowden desde 12 de julho, quando ele foi mostrado em um aeroporto de Moscou pedindo para que autoridades russas lhe garantissem asilo, o que ocorreu em 1º de agosto. A decisão tornou mais tensas as relações entre EUA e Rússia. O presidente americano Barack Obama cancelou uma reunião com o russo Vladimir Putin num congresso sediado pela Rússia em setembro.

Snowden disse que o governo americano "não deseja processar altos oficiais que mentiram para o Congresso e para o país, mas não deixam que nada o impeça de perseguir alguém que disse a verdade".

Em uma nota que acompanha os vídeos, o WikiLeaks disse que Snowden falou na quarta-feira em Moscou assim que aceitou o prêmio Sam Adams, entregue anualmente por um grupo de oficiais de segurança americanos aposentados. Quatro ex-oficiais americanos que estiveram na cerimônia afirmaram que Snowden está se ajustando à vida na Rússia que não viram nenhuma evidência de que ele estivesse sob o controle de serviços de segurança.