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O ex-técnico da CIA Edward Snowden, que desde o último dia 23 de junho se encontra na zona de trânsito do aeroporto moscovita de Sheremetyevo, pediu para se reunir com ativistas russos e internacionais pró-direitos humanos, informou nesta sexta-feira (12) a agência Interfax com base em uma fonte anônima.

Snowden "tem a intenção de fazer uma declaração cujo conteúdo não foi revelado", acrescentou a fonte. Além disso, o ex-técnico da CIA gostaria de "expressar sua postura sobre a campanha de perseguição maníaca aberta contra si por parte do governo dos Estados Unidos, a qual põe em perigo os passageiros dos voos que se dirigem a uma série de países latino-americanos".

O ministro de Justiça da Rússia, Aleksandr Konovalov, disse que não vê nenhuma violação do direito internacional no encontro de Snowden com os ativistas.

"Me parece que não há nenhuma infração nem às leis russas nem às convenções internacionais. As pessoas podem entrar nessa zona (do aeroporto) e ele pode ficar ali", explicou.

Os convidados à reunião são, entre outros, Sergei Nikitin, da Anistia Internacional, Mikhail Krasnov, da Transparência Internacional, e Inna Jadzhieva, da Human Watch Right.

Snowden também pediu a presença do Defensor público russo, Vladimir Lukin, e de outros advogados do país.

"Tenho ouvido que Snowden deseja um encontro. Estou disposto", declarou Lukin à "Interfax".

Já Dmitri Peskov, porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, revelou que Snowden "não pediu para se reunir com representantes do Kremlin".

Peskov afirmou ainda que "o Kremlin não tem nada a ver com Snowden nem com seu problema".

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